segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Prefeito RC troca “Pacto da Mediocridade” na Educação por Revolução Silenciosa

Com o título “A Educação municipal vivencia uma revolução silenciosa”, eis artigo do professor João Arruda. Ele destaca avanços obtidos pela administração do prefeito Roberto Cláudio (PROS), destacando que a ordem é recuperar o estrago deixado por oito anos de “uma administração inepta e clientelista” nessa área, onde havia um “Pacto da Mediocridade”. Confira:
No momento em que a administração Roberto Cláudio se aproxima do seu primeiro ano de governo, já é notório, aos olhos dos fortalezenses, que a cidade caminha, a passos largos, rumo a um porto seguro. Vítima, durante oito anos, de uma administração inepta e clientelista, o fortalezense
começa a perceber que as mudanças operadas também vêm se refletindo no estado de espírito dos nossos munícipes, superando uma época de desesperança coletiva e começando a vivenciar um quadro de esperança e de resgate da autoestima perdida.

Seguramente, das grandes inconsequências políticas legadas pela administração Luizianne Lins, nenhuma causou tantos danos irreparáveis quanto a sua irresponsável atuação na área da educação. Disposta a criar uma sólida base de sustentação política a todo custo, capaz de garantir, indefinidamente, a hegemonia do seu projeto político em Fortaleza, Luizianne Lins e seus aliados não vacilaram em praticar o mais perverso clientelismo político da história da educação de Fortaleza.
Para garantir apoio político incondicional ao seu projeto pessoal, Luizianne Lins e seu grupo pensante arquitetaram a inconsequente “grade de indicação dos vereadores”, onde cada edil era contemplado com uma cota envolvendo centenas de cargos comissionados e centenas de terceirizados.
Na Educação, a galinha dos ovos de ouro do sistema, cada componente da base de sustentação política detinha o direito de indicar, sem utilizar qualquer critério de competência, algumas dezenas de diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos. Com esse modelo de gestão, sem nenhum projeto pedagógico definido, com pouco investimento na educação e com o corpo docente naturalmente desmotivado, logo a qualidade da educação ficou comprometida.
Nesse contexto, os fortalezenses presenciaram a institucionalização de um triste “pacto da mediocridade”, onde a administração municipal fazia de conta que atendia às demandas do setor, os gestores escolares faziam de conta que administravam e os professores, como saída despolitizada, respondiam com greves. Como era se de esperar, impotentes para reagir, os alunos foram o elo fraco dessa corrente.
Para desespero dos pais, entre 2007 a 2013, os discentes da rede municipal foram vítimas de mais de 300 dias de greve, perdendo, definitivamente, o equivalente a três semestres letivos ou um ano e meio de aulas. O resultado dessa tragédia administrativa não se fez por esperar: Fortaleza passou a ostentar a pior educação do Ceará e uma das piores do Brasil. As famílias também reagiram. Não foi por acaso que, em 2012, pela primeira vez na história de Fortaleza, a matrícula do Ensino Fundamental da rede privada ultrapassou a matrícula da rede pública.
Hoje, finalmente, o fortalezense acompanha o desmonte desse perverso modelo administrativo que penalizou, irremediavelmente, quase uma geração de estudantes pobres. Otimista, o nosso munícipe começa a perceber o novo momento onde a educação volta a ser a grande prioridade e o aluno o centro das atenções do sistema municipal de ensino.
Agora, com o fim do clientelismo, o sistema de indicação dos quadros gestores é republicano e o danoso e atrasado sistema de indicação política deu lugar à meritocracia. Diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos são concursados e não sofrem mais nenhuma interferência política. Fundamentando esse otimismo, os investimentos fluem de forma consistente e são os maiores da história de Fortaleza.
O Plano de Ações 2013-2015, que envolve recursos próprios da Prefeitura, de governo estadual e do governo federal, tem investimento garantido de R$ 600 milhões. Eles possibilitarão a reforma e adequação das escolas a um novo padrão de qualidade, a implantação de 91 Centros de Educação Infantil e de 35 escolas de tempo integral, a aquisição de 40 novos ônibus, a construção de 49 quadras poliesportivas, a criação do Departamento de Segurança Escolar Municipal, a instalação de internet banda larga em toda a rede pública, além da entrega de novo fardamento completo e material escolar de alto nível, entre outras benfazejas iniciativas.
Nesse momento em construção, o professor, elemento fundamental de toda e qualquer mudança no sistema educacional, também tem sido contemplado. Além das melhorias físicas que permitem o seu melhor desempenho profissional, ele tem sido beneficiado com uma política de aumento real do salário e, mais recentemente, foi contemplado com a regulamentação do direito de
reservar 1/3 da sua carga horária para o planejamento e para a sua preparação intelectual.

É nesse novo quadro, longe da perversão clientelista e do populismo irresponsável, que os professores conseguem as condições civilizadas para poder desempenhar melhor suas funções docentes, com benefícios para os alunos e para a educação como um todo. O sistema municipal de educação vivencia uma verdadeira revolução silenciosa,++ que vem revertendo a triste qualidade da educação em nossa Fortaleza.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Salmito Filho desmente afirmação de Luizianne Lins sobre verba deixada para obras

Salmito participa, na manhã desta terça-feira, 3, de debate com vereadores na Câmara Municipal


O secretário municipal de Turismo, Salmito Filho, afirmou que não é verdadeira a afirmação da ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), de que deixou para as obras da Beira-Mar R$ 200 milhões nos caixas da Prefeitura. Salmito participa, na manhã desta terça-feira, 3, de debate com vereadores na Câmara Municipal. 

“A ex-prefeita afirma categoricamente que deixou, só para a obra da Beira-Mar, R$ 200 milhões, e não deixou. Tenho documento e extrato da conta da obra da Nova Beira-Mar, mostrando que o que foi deixado pela gestão anterior foram quatro milhões e quatrocentos mil reais. O que é muito distante de R$ 200 milhões”, disse Salmito ao chegar à Câmara.

Em novembro, Luzianne Lins afirmou, em entrevista à rádio Tribuna Band News, que as obras realizadas durante a gestão de Roberto Cláudio (Pros) estão sendo feitas com recursos que ela deixou no caixa da prefeitura. Em contrapartida, Salmito Filho garante que a atual gestão precisou recorrer à Justiça para recuperar verbas para obras porque Luizianne se recusou a assinar alguns documentos no fim da gestão. 

Questionado se Luizianne mentiu, Salmito respondeu: “Confirmar que ela mentiu não me compete, agora eu provo, com documentos e extratos, que o único recurso para obra da beira-mar foi quatro milhões e quatrocentos mil”. 



Bancada petista
O vereador Guilherme Sampaio (PT) criticou as afirmações e Salmito. “Espero que o secretário não enverede por essa via, porque é publico e notório que as obras relativas à Copa e à Beira-Mar foram deixadas com recursos já captados pela Prefeitura. Se não fosse assim, as obras não teriam sido iniciadas logo nos primeiros meses do governo RC. Se o Salmito for por esse caminho, a bancada vai rebater no plenário”, afirmou. 

Umas das primeiras apresentações do secretário na Câmara diz respeito, justamente, à obra da Nova Beira-Mar. Ele destaca a reforma do Mercado dos Peixes, do calçadão e das vias de acesso próximas ao local. A obra terá cinco etapas e se estenderá até depois da Copa do Mundo de Futebol.

Salmito foi presidente do Legislativo durante a gestão de Luizianne Lins, mas tinha atritos com a ex-prefeita. Em duas situações, o atual secretário não recebeu apoio de Luizianne, mesmo sendo do mesmo partido, para concorrer à presidência da Câmara. 

Redação O POVO Online
com informações do repórter Marcos Robério