segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Oposição questiona promessas da prefeita
Vereadores de oposição na Câmara Municipal de Fortaleza afirmaram que a Prefeitura não deverá gerar os mais de mil empregos prometidos para a comunidade do Serviluz, durante impasse em torno da construção do estaleiro, em 2010. Os parlamentares disseram não acreditar que Luizianne cumpra a promessa de destinar parte das vagas do Shopping RioMar à população daquela área.
No ano passado, quando foi contrária à construção do estaleiro no Serviluz, a prefeita Luizianne apresentou contraproposta para compensar a perda da geração de cerca de 1. 400 empregos. Ela negociaria com a empresa Guararapes para destinar empregos referentes a sua expansão, na Barra do Ceará, para as pessoas do Titanzinho.
Luizianne havia informado que a geração dos novos empregos seria na ordem de 1.500, o que, um ano depois, ainda não se confirmou. Agora, com uma nova proposta para garantir esses empregos, a prefeita enfrenta críticas dos vereadores de oposição, que dizem não confiar na proposta. Luizianne afirma que, dos oito mil empregos que serão gerados pelo shopping RioMar, no Papicu, uma parte será destinada para moradores do Serviluz.
A prefeita Luizianne, assim como se comprometeu no ano passado com a empresa Guararapes, disse, novamente, estar se organizando e buscando contrapartidas para a instalação do equipamento naquela região.
Por outro lado, há mais de duas semanas, tramita na Câmara um requerimento do vereador Ciro Albuquerque (PTC), solicitando informações da prefeita sobre os empregos que seriam gerados pela Guararapes. O parlamentar não acredita que a gestora irá garantir as vagas prometidas porque, segundo ele, não existem escolas profissionalizantes para qualificar essas pessoas. "Eu estou achando que a Luizianne é uma vendedora de ilusões. Na prática a gente sabe que nada disso irá acontecer", apontou Ciro.
Mentira
O líder da Oposição, Plácido Filho (PDT), classificou como "mais uma mentira" a afirmação da prefeita. Já o vereador Jaime Cavalcante (PP) afirmou que Luizianne "vive do discurso", mas que, segundo ele, no campo da realidade, as propostas não se concretizam.
O líder dp Governo, Ronivaldo Maia, vê como ótima iniciativa a ideia de a Prefeitura se articular para a geração de empregos próxima ao local onde vivem as pessoas. Segundo ele, não seria viável que as vagas fossem geradas na Guararapes, uma vez que a empresa fica distante do Titanzinho. Ele defende que as pessoas trabalhem próximas de suas residências.
sábado, 29 de outubro de 2011
Oposição rebate crítica da prefeita
A bancada de oposição da Câmara Municipal de Fortaleza criticou as recentes declarações da prefeita Luizianne Lins ao Diário do Nordeste e à TV Diário, afirmando que vereadores da oposição não apresentam propostas para melhoria da cidade, tecendo apenas críticas. Em contrapartida, parlamentares alegaram que a prefeita não respeita a Casa e falta com a verdade em seu discurso.
Para Jaime Cavalcante (PP), ao contrário do que disse Luizianne, os vereadores da oposição são os que mais contribuem para a sua gestão, uma vez que apontam erros a serem sanados. Segundo ele, as cobranças feitas colaboram até mais do que as ações dos aliados, que, na maioria das vezes, não defendem a atual administração.
Sugestões
Exemplificando críticas que resultaram em melhora na gestão, Jaime citou o caso dos cartões corporativos denunciado em 2007, que culminou na devolução de mais de R$ 30 mil pela prefeita; do pedido de fechamento do estádio Presidente Vargas, onde em seguida parte de sua bancada desabou; e da denúncia de que os pilares do Hospital da Mulher estavam afundando, o que foi confirmado posteriormente pelo Crea. "Se ela pesquisar, vai ver que muitos projetos de lei que ela sancionou são sugestões da oposição", assegurou Cavalcante.
Endossando o discurso do colega, Vitor Valim (PMDB) afirmou que "basta a prefeita parar um pouco e ver o montante de projetos de indicação sugeridos pelos vereadores opositores que ela perceberá a contribuição".
Já o vereador Ciro Albuquerque (PTC) ironizou a declaração de Luizianne, dizendo que ela não mora em Fortaleza, pois "desconhece todo o trabalho realizado pelo Legislativo". Conforme salientou, "nunca antes, na Câmara, se apresentou tantas propostas para a Prefeitura".
Dentre as sugestões feitas, Ciro destacou a criação de uma clínica de recuperação de usuários de drogas, que foi aprovada pela Casa e ainda não foi criada, assim como a secretaria de atenção à criança e a isenção de impostos para o programa Minha Casa, Minha Vida.
"O que há é um desrespeito com o Legislativo. Ela não tem vocação para gestão. Sugiro que a prefeita abandone a administração de fato, porque Fortaleza já está abandonada de direito", disparou Ciro Albuquerque.
Os vereadores criticaram ainda o adiamento do prazo para início das obras de mobilidade urbana da Copa para o início de 2012.Jaime Cavalcante, que já havia atentado antes para a demora que ainda pode ocorrer devido aos trâmites regimentais, acredita que as obras devem ser iniciadas apenas em março. "Uma pessoa que tem a mínima noção de licitação sabe que é loucura os prazos apresentados. Ela não tem culpa, às vezes, porque tem uma assessoria que não presta", disse.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
IJF x REVEILLON 2012

Réveillon 2012
Luizianne Lins já bateu o martelo com Ivete Sangalo para animar o Réveillon de Fortaleza, e quem sai ganhando
Em 79 anos de história, os problemas no Instituto Doutor José Frota (IJF) são recorrentes. Unidade superlotada,
O quadro demonstra que o Frotão, referência no atendimento de traumas, continua sobrecarregado, operando na
Para diminuir a sobrecarga, ele sugere que sejam construídos hospitais no Interior, o que daria maior autonomia
Drama
A dona de casa Maria Eliane Martins, 59 anos, desde a última sexta-feira está acompanhando a mãe, de 84 anos,
A agricultora Santana Rodrigues de Oliveira, 38 anos, de Pacajus, estava ontem, do lado de fora da emergência,
Dutra explica que existem dois pilares de pacientes no IJF: o jovem que se acidenta, principalmente de moto; e o
Nesse último caso, um agravante é que são pacientes com várias patologias associadas, como hipertensão,
"São pacientes graves, que normalmente saem com sequelas e vão engrossar as fileiras do sistema previdenciário brasileiro. Até os 70 anos, o governo irá bancar esse paciente, o que é um problema que precisa ser trabalhado",
Após 11 anos trabalhando no IJF, o médico otorrino Alan Melk, avalia que, em termos de demanda, a situação do
Para desafogar o Frotão, o médico afirma que seria necessário a construção de um novo hospital de emergência
Melk sugere que seja feito um investimento maior em materiais, para que os profissionais possam trabalhar com
Demanda
70% Dos 405 leitos são ocupados por pessoas envolvidas em algum tipo de acidente de trânsito e 52% são
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
O Estado precisa de ´outro Frotão´
Depois de 18 anos trabalhando nesta instituição, o que eu posso avaliar é que o IJF é um hospital que tem papel fundamental para a população de Fortaleza, do Ceará como um todo, e até de outros Estados, porque alberga um
O Frotão, o corpo de funcionários faz de tudo para atender a todos. Para melhorar, talvez fosse preciso que tivesse
Fernando Delgado
Chefe de equipe do IJF
EMERGÊNCIA
Unidade não dispõe de heliponto
Um ponto que preocupa a população e chama atenção pela morosidade é o heliponto do Instituto Dr. José Frota.
Ontem, a direção do hospital informou que 85% do heliponto está concluído, mas ainda resta a construção da
LUANA LIMA
REPÓRTER
In 79 years of history, the problems in Dr. José Frota Institute (IJF) are recurrent. Unit crowded with stretchers spread by runners and poor. To get an idea, according to the direction of the hospital, 47 patients are in the corridors of the unit. Of these, 66% are people over 65 years, victims of trauma. Of the 405 beds, 70% are occupied by people engaged in some type of traffic accident patients and 52% are from the Interior.
The table shows that the Frotão, a reference in trauma care, still overloaded, operating at its capacity limit. Casimir Dutra, executive director of the IJF, explains that, initially, the unit was created to meet the Fortaleza, but is establishing himself as a tertiary hospital emergency care.
To reduce overhead, it suggests that hospitals are built in the interior, which would give greater autonomy to the regions. "To the extent that we share this tertiary care, shortens the distance that the patient has to travel and improve the quality of care," she emphasizes.
Drama
Housewife Maria Eliane Martins, 59, since last Friday is accompanying the mother, 84, who suffered a fall and fractured his femur. She is one of 47 people who are in the corridors of Frotão in precarious conditions, waiting for a surgery. "It answered a lot of people to be coming from everywhere, so it is hard to be a good service. There are many people in the hallways because they lack the ward. The government should invest more in public health since it is a contempt."
The farmer Santana Rodrigues de Oliveira, 38, Pacajus was yesterday, outside of emergency, with his companion, a production assistant Ademilson Ferreira da Silva, 24, who on Sunday suffered a motorcycle accident. They arrived at the hospital at 23 hours, but yesterday morning, had not been met. Santana says he was the IJF, because besides being a referral hospital, is the only option they have, but complains that the service leaves much to be desired.
Dutra explains that there are two pillars of the IJF patients: the young man who has an accident, especially a motorcycle, and the elderly over 65 years, suffering from falling from a height and usually breaks the femur.
In the latter case, an aggravating factor is that patients are associated with various diseases such as hypertension, diabetes and osteoporosis, which require more attention. Among the victims of traffic accidents, 60% between 15 and 45 and make up the economically active population.
"It's critically ill patients, who usually come out with sequels and join the ranks of the Brazilian social security system. Even 70 years, the government will back this patient, which is a problem that needs to be worked," says the executive director.He notes that some solutions to the health and the IJF are not in the hospital, but in society in the way we live and behave in traffic. "In these 79 years, Joe Fleet is doing his job.'ve Saved thousands of lives and will continue saving, increasingly trying to improve."
After 11 years working in the IJF, the ENT doctor Alan Melk, estimates that in terms of demand, the situation worsened Frotão enough, due to the increase of the fleet of motorcycles, alcoholism and the interior because hospitals continue to take patients to the Frotão without, which are not the profile of the unit. "It is difficult to make a good quality of care in this situation. The population does not see it first and ends up blaming the doctors and even the body of nursing that is who is directly dealing with them."
To relieve the Frotão, the doctor said it would take to build a new hospital or emergency in Fortaleza Metropolitan Region. "It has been demonstrated that only reform that was completed in the ER was not very effective in terms of reducing the demand of patients."
Melk is done suggests that a greater investment in materials, so that professionals can work with higher quality. "There are some materials and an awareness campaign to prevent traffic accidents."
Demand
70% Of the 405 beds are occupied by people involved in some kind of traffic accident patients and 52% are from the Interior
Expert Opinion
The state needs 'other Frotão'
After 18 years working in this institution, I can assess is that the IJF is a hospital that has a fundamental role for the population of Fortaleza, Ceará as a whole, and even other states, because it houses a large volume of patients are brought from these locations and is the support that the population is good. Even with all the difficulties that the public health system has, is a great escape, a gift, so to speak, that people have to be able to use the goods of health, if we can say that they exist.
The Frotão, the general staff does everything to suit everyone. To improve, that it may have had at least another or the IJF in Fortaleza Metropolitan Region, because, alone, Frotão "realizes" quotation marks "realize" as far as possible. If I had another, I'm not saying I would be quiet, but enough to help relieve the hospital, and even to better serve the population.
Fernando Delgado
Chief of Staff of the IJF
EMERGENCY
Unit does not have a helipad
One issue of concern to the population and calls attention to the helipad is the slowness of the Institute Dr. José Frota. He began construction in February 2008 with deadline for completion of three months. But three years and seven months have passed and yet the helipad has not yet been delivered. In emergency cases, it is necessary to rescue air, the landing site remains the Square Clovis Bevilaqua.
Yesterday, the hospital board reported that 85% of the helipad is completed but remains the construction of access ramp and installation of lifts. The direction of Frotão waits for the Ministry of Health to release the latest installment of funds.
LIMA LUANA
REPORTER
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Canal tem muros quebrados
Próximo à rotatória da Avenida Aguanambi, é fácil localizar onde alguns dos blocos de concreto caíram dentro do canal e por lá continuam. Devido ao perigo, os pedestres preferem nem passar pelo local.
No cruzamento entre a Avenida Eduardo Girão e Rua Oswaldo Studart, além do muro, as grades de proteção foram arrancadas quase que completamente, deixando o local ainda mais desprotegido.
Para o empresário Márcio Ferreira, além da falta de conservação, o muro é danificado pelas batidas de carros que sempre acontecem no local. "Os motoristas são imprudentes e acabam danificando o patrimônio público", contou.
Ele ressalta que é necessário que seja feita uma reforma em toda a extensão do canal, para que os muros passem a ser mais resistentes. "Do jeito que está, eles não vão suportar a próxima quadra chuvosa. Isso é um perigo para a população", opinou.
Já o marceneiro João Peres, afirmou nunca ter visto nem um problema devido à falta de proteção para o canal. "Poucas pessoas passam pela calçada do canal. A maioria trafega pelo outro lado", destacou.
Peres se preocupa mesmo com a chegada da chuva, pois a água que passa pelo canal costuma subir bastante. "Sem os muros de contenção, a água vai chegar na rua com muito mais facilidade", prevê.
O pintor Pedro Adriano teme que uma tragédia aconteça devido à falta de uma proteção. "Todos que passarem por aqui têm de ter um cuidado redobrado, pois existe a possibilidade de cair dentro do canal", avisa.
Ele espera que os agentes da SER IV vejam esse problema quando forem limpar o canal e, assim, uma providência seja tomada o mais rápido possível.
Reforma
A assessoria de imprensa da Secretaria Executiva Regional IV (SER IV) informou que foi feita uma reforma em algumas partes do muro de contenção do canal da Avenida Eduardo Girão no inicio desse ano. Mas, para saber a atual situação do local é preciso que uma equipe do órgão faça uma avaliação
Mais de 70 pacientes atendidos nos corredores do HGF

As macas estão espalhadas pela recepção. São mais de 70 pacientes atendidos de forma improvisada no setor de emergência do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). A permanência desses pacientes nessa situação gira em torno de sete dias. Alguns recebem alta sem nunca ter passado por um leito clínico.
O pai da doméstica Maria de Fátima Souza, 45, recebeu o medicamento intravenoso no corredor principal do HGF. “Ele teve alta, mas não chegou nem a ir para a enfermaria. Ficou o tempo todo na maca, junto a esse monte de paciente, no meio do hospital”, reclamou.
Um funcionário, que preferiu não se identificar, comentou que a variedade de casos acaba comprometendo a saúde dos pacientes e acompanhantes. “Ficamos todos vulneráveis a essa alta demanda de pacientes. Parece um hospital de guerra”.
No HGF, são 108 leitos na emergência. Porém, o número é insuficiente para atender toda a demanda. Segundo o chefe da emergência do hospital, Romel Araújo, muitos dos casos poderiam ser resolvidos nas unidades de média complexidade. “A demanda de pacientes nos hospitais terciários é grande porque há carência no atendimento na rede básica e secundária”, avalia.
Na manhã da última quarta-feira, foram 116 atendimentos na emergência. Desse total, 31 foram referenciados para a rede primária. Outros 24 para a rede secundária. O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes, aponta uma série de fatores que contribuem para essa situação. “É preciso melhorar o atendimento na rede secundária, aumentar o número de leitos nos hospitais, contratar mais médicos e melhorar a saúde no Interior”.
Rede de apoio
Diante da situação crítica na emergência do HGF, foi estabelecido um fluxograma de processos para a criação de uma rede de apoio. Desde março, uma parceria com outros hospitais de alta complexidade, ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) - Waldemar de Alcântara, Batista e Fernandes Távora -, ajuda a reduzir os impactos na emergência.
“Nenhum hospital tem capacidade para atender toda essa demanda. Por isso, cada um avalia de que forma pode ajudar, ou seja, quantos leitos pode disponibilizar”, explica. A prioridade é para os pacientes que ficam nos corredores do hospital.
Em média, por plantão, o hospital Waldemar de Alcântara disponibiliza de dez a 12 leitos clínicos e cirúrgicos. O Hospital Batista, de três a quatro leitos; e o Fernandes Távora, cinco. “Estamos tentando melhorar a condição do paciente. Não adianta ter leito se não for resolutivo”, diferencia Romel.
O chefe da emergência do HGF lembra que, antes da criação dessa rede de apoio, o número de atendimentos na emergência era ainda maior. “Antes, ficavam aproximadamente 140 pacientes nos corredores”. A previsão é que novas unidades de saúde sejam integradas, como o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e a Santa Casa de Misericórdia.
SAIBA MAIS
O tempo definido para a linha do cuidado no serviço de emergência é de até 24 horas.
Após este período, segundo o Ministério da Saúde, fica sob a responsabilidade da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) remanejar os pacientes internados no serviço de emergência, que são residentes em fortaleza, para outras unidades.
Pesquisas sobre a demanda de serviços relacionados à saúde apontam que 63% são destinados à clínica básica, 15% ao serviço de urgência, sendo 12% de urgência clínica e 3% traumas e pré-hospitalares, e 22% para consultas especializadas.
O Ministério da Saúde afirma que o ideal seria de 2,5 a 3 leitos para cada mil habitantes.
Viviane Gonçalves
vivi@opovo.com.br
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Pediatria do Frotinha de Messejana está sem atendimento

Na recepção da emergência pediátrica do Hospital Frotinha de Messejana, a informação é fornecida por funcionários que não se identificaram: “não há médicos e nem estamos realizando internações. Nada da pediatria funciona hoje (segunda-feira)”.
Do lado de fora da unidade, pais iam embora indignados. “Me disseram que não tem pediatra nem clínico geral. Há uma semana, ele(a criança) sente febre e cansaço. Vou ver se em casa consigo resolver o problema. Não é como o olhar de um médico, mas... É difícil uma situação dessa”, lamenta a dona de casa Rosenilde dos Santos, 40, avó de Erick Gabriel, 1 ano e 5 meses.
Funcionários do setor que não quiseram se identificar disseram que há algum tempo há informações de que o setor de pediatria do hospital vai fechar. Na manhã da última segunda-feira, 4, O POVO encontrou o setor sem funcionamento. “Há muito tempo já não há pediatras direito nem internações de crianças aqui. Estão falando que esse tipo de atendimento vai todo para o Gonzaguinha (da Messejana)”, disse uma funcionária.
Explicação
Quanto à suspeita de fechamento do setor infantil, o diretor assistencial do Frotinha de Messejana, Paulo Fernando Silveira Braga, negou o boato e disse que o único e grande problema da unidade é a falta de profissionais. “Não vai fechar, pelo menos não existe qualquer determinação da secretaria nesse sentido. Nós estamos é com carência de pediatras”.
Em relação à ausência de internações, o médico confirmou que o quadro existe, de fato, e já é recorrente há, pelo menos, 30 dias. “Realmente, não estamos internando crianças porque estamos reestruturando os leitos”. Ele não deu prazos para a situação se normalizar.
Em se tratando do não atendimento verificado pelo O POVO, Paulo Fernando justificou que o problema foi decorrente das férias programadas do médico escalado para esta semana. “Quando programamos as férias do pediatra, tínhamos dois, mas acabamos ficando só com um nessa escala, por isso ontem não teve atendimento. Mas é um caso isolado”.
O diretor disse ainda que no decorrer de toda esta semana não haverá atendimento. Apenas na próxima segunda-feira, 10, ele assegurou: a escala de médicos será regularizada.
A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o coordenador responsável pela informação acerca do fechamento do setor infantil estava viajando, mas adiantou que o setor de pediatria do Frotinha de Messejana não fechará e que o hospital estava “apenas” com carência de pediatras para cobrir as escalas.
ENTENDA A NOTÍCIA
A carência de profissionais da saúde pode fechar a pediatria do Hospital Frotinha de Messejana, que atende cerca de 60 crianças por dia, de acordo com o diretor do hospital. Ele nega a suspeita, mas durante toda esta semana o setor estará fechado por falta de médico.Sara Rebeca Aguiar
sararebeca@opovo.com.br
Samu segue com equipe reduzida

Apenas um dos quatro pontos fixos de onde partem as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Fortaleza contou com equipe médica ontem. Até as 19 horas, o médico Gilson Melo Pinheiro havia atendido seis ocorrências em diferentes bairros da Capital. “Estou sozinho no plantão. É ruim que a gente perde muito tempo no deslocamento”, diz.
Os outros três pontos fixos - nos bairros João XXIII, Parquelândia e Meireles - estavam sem médico porque um grupo de profissionais pediu descredenciamento do Samu, conforme O POVO noticiou na Coluna Política de sábado. Com a equipe reduzida, o atendimento de urgência fica ainda mais caótico.
Gilson exemplifica. Ontem de manhã, ele precisou se deslocar da avenida dos Expedicionários - onde há um ponto fixo do Samu - até o bairro Pirambu. Foram cerca de 20 minutos. Embora o tempo esteja dentro da média do Samu de Fortaleza, o atendimento poderia ter sido mais ágil se a ambulância tivesse partido da Parquelândia, onde também há um ponto fixo.
“Quando a gente chegou (no Pirambu), o senhor já tinha falecido”, informa o médico. Gilson lembra que o caso serve de alerta, embora não se possa afirmar que a morte do paciente teria sido evitada se a ambulância tivesse chegado minutos antes. “Até porque ele já estava agonizando”.
O diretor clínico do Samu, Messias Simões, afirma que os atendimentos não têm sido prejudicados. Ele explica que a equipe completa é de sete médicos por plantão: três na Central de Regulação (atendendo e fazendo triagem das ligações do 192) e quatro nos pontos fixos de onde partem as ambulâncias.
Ontem, segundo ele, quatro médicos compareceram ao trabalho. Três ficaram na Central de Regulação e apenas um - o médico Gilson Melo - ficou diretamente no atendimento de urgência. “Mas os da Central podem ser deslocados se for necessário”.
Até as 19 horas de ontem, somente Gilson havia realizado os atendimentos. A ambulância em que ele trabalha teve de se deslocar para os bairros Pirambu, Maraponga, Planalto Ayrton Senna, Tancredo Neves, Pici e Jangurussu. “Não foi preciso outra equipe”, diz o diretor clínico do Samu.
Messias ressalta que os médicos só são acionados nos casos mais graves, que representam cerca de 10% dos atendimentos. “É quando tem insuficiência respiratória, sangramento interno, capotamento, ferimento por arma de fogo, envenenamento”, cita. Na maioria das ocorrências, é enviada a chamada unidade de suporte básico, que não precisa de ambulância com UTI móvel nem médico.
SERVIÇO
Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu)
ENTENDA A NOTÍCIA
Médicos se descredenciaram do Samu alegando atraso no pagamento do salário; o não reconhecimento de vínculo empregatício(eles não têm direito a férias, 13º salário ou licença); e estrutura precária de trabalho.
SAIBA MAIS
O POVO acompanhou o atendimento a uma ocorrência no bairro Jangurussu.
Eram 17h20min quando a equipe do Samu foi informada de que senhor de 64 anos havia sido atropelado na avenida Valparaíso.
A ambulância chegou em vinte minutos e prestou os primeiros socorros.
A equipe do Samu levou o paciente até o IJF, no Centro. A ambulância chegou ao hospital às 18h20min.
Segundo o diretor clínico do Samu, Messias Simões, o tempo médio que a ambulância leva para chegar ao local da ocorrência é de 20min.
Ainda de acordo com Messias, na segunda-feira o número de atendimentos foi maior do que a média, mesmo com a equipe reduzida. Messias diz que, até ontem, sete médicos haviam se descredenciado do Samu. A categoria afirma que foram 18.
Tiago Braga
tiagobraga@opovo.com.br
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Samu de Fortaleza atende com apenas um médico nesta terça-feira
04/10/2011 15h17 - Atualizado em 04/10/2011 16h03
Nesta manhã, o atendimento em toda a capital foi realizado por um médico.
Médicos do serviço pediram descredenciamento em agosto.
Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares

Apenas um médico trabalhou na manhã desta terça-feira (4) no atendimento de rua do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) em Fortaleza. No fim do mês de agosto, 27 médicos terceirizados da Secretaria de Saúde de Fortaleza e que prestam serviço para o Samu solicitaram o descredenciamento. De acordo com o Samu, 50 médicos trabalham no atendimento e sete não se apresentaram para tabalhar esta semana.
“Se eu estiver com uma equipe em uma ocorrência e, ao mesmo tempo, tiver a necessidade de uma outra equipe para dar suporte, infelizmente, não vai ter”, disse o médico Gilson Melo, único socorrista a serviço nesta terça-feira (4). Os médicos dizem que há atraso do pagamento dos plantões, falta de vínculo empregatício e os salários não são reajustados.
De acordo com o diretor clínico do Samu, Messias Simões, a demora no processo de negociação foi a principal causa da saída dos médicos. O diretor também informou que as discussões não estão paradas e que, na medida do possível, as reivindicações da categoria serão atendidas. “Mais de 80% do que foi colocado é um interesse também da diretoria do serviço. Nesse processo de negociação, foi estabelecido uma agenda de compromissos com ações a serem executadas até o mês de janeiro”, diz.
Messias Simões também ressalta que, apesar do desligamento de sete médicos, o número de atendimento realizados pelo Samu aumentou nos últimos dias.
Ambulâncias quebradas
Em Fortaleza, o Samu conta com 25 carros, mas nem todos fazem o socorro diariamente porque as peças quebram com frequência, segundo o gerente do serviço, Ângelo Luz. “Temos carros novos há dois meses parados na concessionária esperando peças nacionais chegar. Eu sempre tenho carros quebrando e consertando”, afirma o gerente.
Samu opera com 42% da equipe
Samu opera com 42% da equipe
Publicado em 4 de outubro de 2011
Os profissionais reclamam das condições da frota de veículo, da falta de vínculo empregatício (eles não têm direito a férias ou a 13º) e do atraso no pagamento de salários
FABIANE DE PAULA
Dos sete médicos que deveriam ter trabalhado ontem, apenas três compareceram, outros sete pediram demissão
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está operando com sua capacidade médica de atendimento reduzida. Desde o último fim de semana, com o término do cumprimento de aviso prévio por parte de médicos terceirizados, o serviço de atendimento está sendo prejudicado. Ontem, segundo o diretor clínico do Samu, Messias Simões, somente três médicos estiveram trabalhando, dos sete previstos. Ou seja, apenas 42% da equipe.
O diretor afirmou que somente sete médicos foram descredenciados do órgão até agora e que alguns que faltaram nos plantões não justificaram ainda suas ausências e nem apresentaram individualmente seus pedidos de desligamento.
"Não posso considerar descredenciados aqueles que faltaram à escala do fim de semana, se no setor que dirijo nenhum pedido recebi. Também aguardo justificativa dos faltosos para posterior decisão, além do que, o pedido de desligamento tem de ser de forma individual", disse.
Com relação às providências para que os serviços prestados pelo Samu não venha a se agravar cada vez mais, Simões acrescentou que está ampliando a jornada de trabalho dos médicos plantonistas. Outra medida será a convocação de médicos que se submeteram ao último concurso público da Prefeitura. Ele disse ainda que, dentro de 15 dias, os trabalhos de atendimento do órgão que dirige voltará à normalidade.
Sobre a capacidade de atendimento reduzida, ele estimou que ontem, trabalhou somente com 42% da equipe e, no fim de semana, este porcentual foi ainda menor, mas que, aos poucos, vai conseguindo contornar o problema. "Estamos numa situação de contingência, em virtude de colegas da intervenção não terem comparecido às escalas de serviço, mas, graças ao esforço desdobrado dos profissionais que trabalharam, tudo está sob controle", disse. Sobre o número de atendimento registrado, ele alegou que a planilha só lhe é entregue no dia seguinte e, como foi fim de semana, só hoje terá disponível esses dados.
Em um comparativo, Simões afirmou ainda que, na segunda-feira, dia 26, os atendimentos ficaram entre 90 a 110. Por dia, são três mil ligações.
Más condições
Um dos médicos que solicitaram descredenciamento, Breitner Gomes, com mais de três anos prestando serviços ao Samu, afirmou que 18 médicos solicitaram até agora seus desligamentos e que somente dois profissionais compareceram aos plantões no fim de semana.
"Está cada vez mais complicado o atendimento pelo Samu, com relação a equipe médica de e pronto atendimento. Além da expressiva redução do número de médicos, as más condições de trabalho ainda contribuem para o caos", disse Breitner.
Atraso
Embora não sejam contratados oficialmente, os médicos cumprem escala fixa semanal, trabalhando como prestadores de serviço ao município. A escala diária é sempre de sete médicos. Cada equipe trabalha 12 horas.
A categoria decidiu no último dia 30 de setembro solicitar desligamento do Samu e agora no último dia 30 cumpriu o prazo de aviso prévio.
Os motivos alegados foram atraso no pagamento do salário (agosto e setembro - só irão receber em novembro); o não reconhecimento de vínculo empregatício(eles não têm direito a férias, 13º salário ou licença); a falta de condições da frota de veículos e a considerada fraca estrutura de trabalho
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
SAMU x FORTALEZA BELA
27 médicos ameaçam deixar o Samu hoje
Publicado em 1 de outubro de 2011
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O impasse entre profissionais que prestam Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Prefeitura de Fortaleza ameaça desfalcar a cidade de 27 médicos que atuam no socorro imediato na rede pública de saúde. São 39 médicos que atendem ao Samu municipal.
No último dia 30 de agosto, 27 médicos terceirizados da Secretaria de Saúde de Fortaleza, que prestam serviços ao Samu, trabalhando em regime de credenciamento e, desse modo, recebem por serviço prestado, resolveram solicitar descredenciamento do órgão.
Os motivos alegados pelos profissionais foram a existência de várias condições desfavoráveis. Entre elas, o atraso de pagamento dos plantões, a falta de vínculo empregatício e o não reajuste dos valores pagos.
Um dos médicos prestadores de serviço ao Samu e que integra a lista dos que solicitaram desligamento, Breitner Gomes, disse que o grupo a que pertence comunicou a medida tomada por ele e seus 26 companheiros ao Sindicato dos Médicos e enviou a lista à direção da entidade em que trabalhavam.
"Fizemos tudo de acordo com o aviso prévio, que encerrou o prazo ontem e, a partir deste dia 1º, estamos fora das escalas de plantões", acrescentou Gomes. "Nós só tínhamos deveres: batíamos ponto, cumpríamos escalas, tínhamos carga horária estipulada. No entanto, o direito trabalhista não existe, nada de férias, 13º salário e licença", explicou.
Compromisso
O diretor-clínico do Samu/Fortaleza, Messias Simões, afirmou que alguma demora no processo de negociação acabou gerando insatisfação entre os médicos prestadores de serviço, mas que a situação estava sendo contornada. "Essa decisão que está sendo anunciada surpreendeu-me, pois estávamos cumprindo o que havíamos negociado e estava em andamento a agenda de compromissos assumidos. Na medida do possível, procuramos atender às reivindicações da categoria, como estabelecer cronograma de pagamento dos plantões, atualizar salários do mês e renovar a frota de pronto atendimento médico", afirmou.
O dirigente diz ainda que muitos médicos que estavam inseridos na lista já comunicaram ao órgão o desejo de reconsideração e pedindo para ser escalado no fim de semana. "Até agora, só quatro médicos tiveram aceitos suas solicitações de desligamento. Outros estão avaliando, mas acredito que também pedirão para continuar", finalizou



