Samu opera com 42% da equipe
Publicado em 4 de outubro de 2011
Os profissionais reclamam das condições da frota de veículo, da falta de vínculo empregatício (eles não têm direito a férias ou a 13º) e do atraso no pagamento de salários
FABIANE DE PAULA
Dos sete médicos que deveriam ter trabalhado ontem, apenas três compareceram, outros sete pediram demissão
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está operando com sua capacidade médica de atendimento reduzida. Desde o último fim de semana, com o término do cumprimento de aviso prévio por parte de médicos terceirizados, o serviço de atendimento está sendo prejudicado. Ontem, segundo o diretor clínico do Samu, Messias Simões, somente três médicos estiveram trabalhando, dos sete previstos. Ou seja, apenas 42% da equipe.
O diretor afirmou que somente sete médicos foram descredenciados do órgão até agora e que alguns que faltaram nos plantões não justificaram ainda suas ausências e nem apresentaram individualmente seus pedidos de desligamento.
"Não posso considerar descredenciados aqueles que faltaram à escala do fim de semana, se no setor que dirijo nenhum pedido recebi. Também aguardo justificativa dos faltosos para posterior decisão, além do que, o pedido de desligamento tem de ser de forma individual", disse.
Com relação às providências para que os serviços prestados pelo Samu não venha a se agravar cada vez mais, Simões acrescentou que está ampliando a jornada de trabalho dos médicos plantonistas. Outra medida será a convocação de médicos que se submeteram ao último concurso público da Prefeitura. Ele disse ainda que, dentro de 15 dias, os trabalhos de atendimento do órgão que dirige voltará à normalidade.
Sobre a capacidade de atendimento reduzida, ele estimou que ontem, trabalhou somente com 42% da equipe e, no fim de semana, este porcentual foi ainda menor, mas que, aos poucos, vai conseguindo contornar o problema. "Estamos numa situação de contingência, em virtude de colegas da intervenção não terem comparecido às escalas de serviço, mas, graças ao esforço desdobrado dos profissionais que trabalharam, tudo está sob controle", disse. Sobre o número de atendimento registrado, ele alegou que a planilha só lhe é entregue no dia seguinte e, como foi fim de semana, só hoje terá disponível esses dados.
Em um comparativo, Simões afirmou ainda que, na segunda-feira, dia 26, os atendimentos ficaram entre 90 a 110. Por dia, são três mil ligações.
Más condições
Um dos médicos que solicitaram descredenciamento, Breitner Gomes, com mais de três anos prestando serviços ao Samu, afirmou que 18 médicos solicitaram até agora seus desligamentos e que somente dois profissionais compareceram aos plantões no fim de semana.
"Está cada vez mais complicado o atendimento pelo Samu, com relação a equipe médica de e pronto atendimento. Além da expressiva redução do número de médicos, as más condições de trabalho ainda contribuem para o caos", disse Breitner.
Atraso
Embora não sejam contratados oficialmente, os médicos cumprem escala fixa semanal, trabalhando como prestadores de serviço ao município. A escala diária é sempre de sete médicos. Cada equipe trabalha 12 horas.
A categoria decidiu no último dia 30 de setembro solicitar desligamento do Samu e agora no último dia 30 cumpriu o prazo de aviso prévio.
Os motivos alegados foram atraso no pagamento do salário (agosto e setembro - só irão receber em novembro); o não reconhecimento de vínculo empregatício(eles não têm direito a férias, 13º salário ou licença); a falta de condições da frota de veículos e a considerada fraca estrutura de trabalho
Eis mais um exemplo da Fortaleza Bela, cujo administração está sob a responsabilidade da Sra. Luizianne.....
ResponderExcluir