
Roberto Ferreira, 56, portador do Mal de Parkinson, não consegue receber o medicamento no Cemja desde 27 de setembro FOTO: MAURI MELO
Ele tem que escolher os dias para tomar as doses necessárias do remédio. Nos outros, ingere dois ou três comprimidos a menos. Roberto Ferreira de Souza, 56 anos, portador do Mal de Parkinson há seis, não consegue receber o medicamento Prolopa (levedopa e benserazida) 200/50 mg no Centro de Especialidades Médicas José de Alencar (Cemja) desde o dia 27 de setembro.
Para Roberto, o ideal é ingerir cinco comprimidos por dia. Cada frasco contém 30 cápsulas e custa em torno de R$ 65. “Os cinco vidros de remédio que preciso no mês ficam por bem mais de R$ 300”, calcula. A última receita de Roberto é 11 de setembro. Ele ligou 112 vezes para o Cemja até ter uma resposta afirmativa, 16 dias depois.
Além do Cemja, seis farmácias polo do Município distribuem o medicamento: os Centros de Saúde da Família Floresta (Álvaro Weyne), Anastácio Magalhães (Rodolfo Teófilo), José Paracampos (Mondubim), Maciel de Brito (Conjunto Ceará) e Edmar Fujita (Castelão); e a Unidade Básica de Assistência à Saúde da Família Projeto Nascente (Dendê). Em nenhuma delas, porém, o remédio estava disponível.
A Célula de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que existe apenas um fornecedor para o medicamento e, por isso, foi solicitada a dispensa da licitação. Segundo a assessoria de imprensa da SMS, “o processo teve que passar pela Procuradoria Geral do Município e por outros órgãos para autorização. A previsão é receber o Prolopa na próxima quinta-feira (1º de novembro) pela manhã e distribuir no período da tarde do mesmo dia”.
Outro problema para Roberto Ferreira é a validade das receitas. Cada prescrição vale por três meses. “Se não conseguir pegar no prazo, tenho que voltar ao consultório.”
Fonte: jornal O Povo (Reportagem Isabel Costa)
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