Em 2031, quando a população deve ser de 3,2 milhões de pessoas, a produção será de 1,2 milhão de toneladas
A geração de resíduos sólidos aumentará numa velocidade quatro vezes maior que a da população. Capital é a 3ª do País em geração de lixo FOTO: NATASHA MOTA
Fortaleza já é a primeira Capital do Nordeste e a terceira do Brasil com a maior geração diária de resíduos sólidos por pessoa. Com cerca de 2,4 milhões de habitantes, em 2010, a cidade contabilizou 553,4 mil toneladas apenas de lixo domiciliar. Em 2031, com a população estimada em 3,2 milhões de pessoas, a produção deverá ser de 1,2 milhão de toneladas, um crescimento de 128,4%. Ou seja, a geração de resíduos aumentará numa velocidade quatro vezes maior que a da população.
A projeção está registrada no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Fortaleza, apresentado pela Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFor), na manhã de ontem, no Anexo do Gabinete da prefeita Luizianne Lins.
O PMGIRS atende à Lei Federal 12.305/2012, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sendo um componente do Plano Municipal de Saneamento Básico, Lei Federal 11.445/2007. O documento traça metas para um período de 20 anos, destacando propostas para a redução de lixo, incentivando a reciclagem, estimulando a construção de ecopontos e melhorando o tratamento e destino final dos resíduos sólidos.
Triagem
O plano também destaca a inclusão social de catadores por meio de cooperativas; construção de galpões de triagem e reciclagem; combate aos pontos de lixo usando programas de educação ambiental; implantação da logística reversa; melhora dos serviços de limpeza pública, como a ampliação do Programa Gari Comunitário; redução do volume e da periculosidade dos resíduos sólidos; estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável; capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, além de outras ações.
Para o diretor de Resíduos Sólidos da ACFor, Humberto Júnior, caso a próxima gestão municipal atenda o que está previsto no plano, os resultados positivos poderão ser vistos em quatro anos. "O plano não é da Prefeitura, mas de toda a população de Fortaleza", afirma.
O gestor a aponta que Fortaleza já ultrapassou Salvador e é a capital nordestina com a maior produção diária de resíduos sólidos per capita (1,94 Kg). Com relação ao Brasil, a cidade só fica atrás de São Paulo e Belo Horizonte. Conforme Humberto Júnior, isso se dá, principalmente, porque o consumo vem aumentando consideravelmente em Fortaleza. O fortalecimento do turismo e comércio também contribui com o crescimento da produção de resíduos.
A secretária da Rede de Catadores Sólidos e Recicláveis do Estado do Ceará, Charliany Morais, diz que o plano vai trazer diversos benefícios à categoria. Segundo ela, existem mais de mil catadores na Capital, porém, apenas 367 são organizados. O restante trabalha avulso. A rede tem 27 grupos no Ceará (regiões do Jaguaribe, Cariri, Fortaleza e região metropolitana).
Rede
Conforme Charliany, cerca de 90% das mais de 30 sugestões apresentadas pela rede de catadores foram acatadas. Na opinião dela, as mais importantes são a aprovação de lei institucionalizando a coleta seletiva solidária com a participação e apoio concreto às associações/cooperativas de catadores de materiais recicláveis e a capacitação das associações/cooperativas para recebimento e beneficiamento primário do óleo vegetal.
A geração de resíduos sólidos aumentará numa velocidade quatro vezes maior que a da população. Capital é a 3ª do País em geração de lixo FOTO: NATASHA MOTAFortaleza já é a primeira Capital do Nordeste e a terceira do Brasil com a maior geração diária de resíduos sólidos por pessoa. Com cerca de 2,4 milhões de habitantes, em 2010, a cidade contabilizou 553,4 mil toneladas apenas de lixo domiciliar. Em 2031, com a população estimada em 3,2 milhões de pessoas, a produção deverá ser de 1,2 milhão de toneladas, um crescimento de 128,4%. Ou seja, a geração de resíduos aumentará numa velocidade quatro vezes maior que a da população.
A projeção está registrada no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Fortaleza, apresentado pela Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFor), na manhã de ontem, no Anexo do Gabinete da prefeita Luizianne Lins.
O PMGIRS atende à Lei Federal 12.305/2012, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sendo um componente do Plano Municipal de Saneamento Básico, Lei Federal 11.445/2007. O documento traça metas para um período de 20 anos, destacando propostas para a redução de lixo, incentivando a reciclagem, estimulando a construção de ecopontos e melhorando o tratamento e destino final dos resíduos sólidos.
Triagem
O plano também destaca a inclusão social de catadores por meio de cooperativas; construção de galpões de triagem e reciclagem; combate aos pontos de lixo usando programas de educação ambiental; implantação da logística reversa; melhora dos serviços de limpeza pública, como a ampliação do Programa Gari Comunitário; redução do volume e da periculosidade dos resíduos sólidos; estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável; capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, além de outras ações.
Para o diretor de Resíduos Sólidos da ACFor, Humberto Júnior, caso a próxima gestão municipal atenda o que está previsto no plano, os resultados positivos poderão ser vistos em quatro anos. "O plano não é da Prefeitura, mas de toda a população de Fortaleza", afirma.
O gestor a aponta que Fortaleza já ultrapassou Salvador e é a capital nordestina com a maior produção diária de resíduos sólidos per capita (1,94 Kg). Com relação ao Brasil, a cidade só fica atrás de São Paulo e Belo Horizonte. Conforme Humberto Júnior, isso se dá, principalmente, porque o consumo vem aumentando consideravelmente em Fortaleza. O fortalecimento do turismo e comércio também contribui com o crescimento da produção de resíduos.
A secretária da Rede de Catadores Sólidos e Recicláveis do Estado do Ceará, Charliany Morais, diz que o plano vai trazer diversos benefícios à categoria. Segundo ela, existem mais de mil catadores na Capital, porém, apenas 367 são organizados. O restante trabalha avulso. A rede tem 27 grupos no Ceará (regiões do Jaguaribe, Cariri, Fortaleza e região metropolitana).
Rede
Conforme Charliany, cerca de 90% das mais de 30 sugestões apresentadas pela rede de catadores foram acatadas. Na opinião dela, as mais importantes são a aprovação de lei institucionalizando a coleta seletiva solidária com a participação e apoio concreto às associações/cooperativas de catadores de materiais recicláveis e a capacitação das associações/cooperativas para recebimento e beneficiamento primário do óleo vegetal.
Plano deverá fortalecer trabalho de catadores
A secretária da Rede de Catadores Sólidos e Recicláveis do Estado do Ceará, Charliany Morais, lembra que até abril, a média mensal de resíduos recolhidos pelas 27 associações espalhadas pelo Jaguaribe, Cariri, Fortaleza e região metropolitana foi de 160 toneladas. Os dados são da Fundação Banco do Brasil.
Ela acredita que o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Fortaleza vai fortalecer o trabalho dos catadores, que, de certa forma, são responsáveis por não deixar que o problema do lixo não seja ainda maior.
Na opinião do advogado e mestre em Direito Ambiental, Aloísio Pereira Neto, o possível crescimento da produção de resíduos domésticos de 128,4%, em 2031, é um reflexo do aumento do consumo. Porém, para o especialista, a grande questão é como o lixo resíduos é tratados.
Ele informa que não existe mais espaço para colocar os resíduos oriundos da construção civil. Destaca a necessidade da ampliação do Aterro Sanitário Metropolitano de Caucaia (Asmoc). "Infelizmente, isso não tem sido prioridade para os nossos governantes", revela, dizendo que os municípios têm até 2014 para acabar com os lixões.
RAONE SARAIVA
REPÓRTER
A secretária da Rede de Catadores Sólidos e Recicláveis do Estado do Ceará, Charliany Morais, lembra que até abril, a média mensal de resíduos recolhidos pelas 27 associações espalhadas pelo Jaguaribe, Cariri, Fortaleza e região metropolitana foi de 160 toneladas. Os dados são da Fundação Banco do Brasil.
Ela acredita que o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Fortaleza vai fortalecer o trabalho dos catadores, que, de certa forma, são responsáveis por não deixar que o problema do lixo não seja ainda maior.
Na opinião do advogado e mestre em Direito Ambiental, Aloísio Pereira Neto, o possível crescimento da produção de resíduos domésticos de 128,4%, em 2031, é um reflexo do aumento do consumo. Porém, para o especialista, a grande questão é como o lixo resíduos é tratados.
Ele informa que não existe mais espaço para colocar os resíduos oriundos da construção civil. Destaca a necessidade da ampliação do Aterro Sanitário Metropolitano de Caucaia (Asmoc). "Infelizmente, isso não tem sido prioridade para os nossos governantes", revela, dizendo que os municípios têm até 2014 para acabar com os lixões.
RAONE SARAIVA
REPÓRTER
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