Bancos destruídos , piso quebrado, medo de caminhar. O POVO visitou três equipamentos de Fortaleza e constatou os problemas. Segundo a população, esses são entraves que afastam as pessoas dos locais

Imagine um espaço onde se possa caminhar com tranquilidade, sentar para relaxar, passear com as crianças, fazer piquenique e encontrar amigos. Em Fortaleza, os parques urbanos poderiam ser usados para isso. No entanto, muitos sofrem com a depredação e a falta de segurança. O POVO visitou três deles: Parque Parreão, por trás do Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé, Parque Adahil Barreto, próximo à Via Expressa, no Dionísio Torres; e Parque Rio Branco, na avenida Pontes Vieira, no Joaquim Távora.
Em todos, foi possível constatar deficiências. A situação mais precária é a do Parque Parreão. Não é possível sentar, pois os bancos estão destruídos. O piso de pedras portuguesas se solta em boa parte do espaço. O canal acumula lixo. O mau cheiro incomoda quem se arrisca a caminhar. A população reclama. “Quem visita a cidade de ônibus, dá logo de cara com essa destruição”, cita Gilmar Costa Ferreira, 27, que trabalha em uma banca no parque. “Manhã, tarde e noite tem assalto aqui. O pessoal fica com medo de vir”, completa.
Uma senhora, que preferiu não se identificar, relembra o tempo em que o parque tinha frequência assídua. “Eu já caminhei muito aqui. Hoje não é possível. Não tem calçada para andar. As pontes também caíram e não foram colocadas de novo”. O parquinho para as crianças não existe mais. Algumas peças de ferro e madeira resistem, quebradas. No Parque Adahil Barreto, a situação do parquinho se repete. A casinha do escorregador, os balanços e a gangorra estão quebrados.
O espaço é mais conservado, mas também tem problemas de manutenção. Há paredes pichadas. Alguns bancos estão destruídos. A dona de casa Patrícia Reis, 40, diz que o movimento melhora aos sábados e domingos. Durante a semana, no início da manhã e o fim da tarde. Ela acredita que muitas pessoas deixam de ir ao local por medo.
No Rio Branco, o parquinho é o que está em melhor situação. Alguns bancos da mesa de jogar damas, no entanto, foram arrancados. E o telhado de abrigos também. Muitos estão pichados.
O problema que mais incomoda é a falta de segurança. Enquanto O POVO esteve no local, havia um grupo que, segundo a população, usava drogas. “É abandonado. As pessoas usam drogas aqui dentro; tem assalto. Não deixo de andar aqui, mas muita gente tem medo”, alertou um senhor, que preferiu não se identificar.
Os locais são administrados pela Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb). Já as Secretarias Executivas Regionais (SERs) devem cuidar das reformas. A Emlurb mantém um gerente em cada equipamento e funcionários para a limpeza. São serviços de varrição, irrigação e coleta de materiais. O canal sempre passa por limpeza, segundo a Emlurb.
Por meio da assessoria de imprensa, a SER II informou que o Parque Rio Branco foi reformado em 2008 e 2009. Este ano, houve manutenção no parquinho infantil e nas pontes. Disse ainda que vai verificar a denúncia das pichações e o caso das edificações sem telhas.
Já sobre o Parque Adahil Barreto, informou apenas que uma equipe será enviada para verificar o que precisa ser feito. Há reforma prevista para o Parque Parreão. Segundo a SER IV, o projeto já foi aprovado e deve ser enviado para processo de licitação ainda este mês.
ENTENDA A NOTÍCIA
Os parques da Cidade pedem cuidados. O POVO visitou três deles e constatou que é preciso melhorar a manutenção e a segurança. Os problemas, segundo a população, acabam afastando frequentadores dos espaços

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