http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1150016

Foto - Na Avenida Mister Hull, a população se arrisca atravessando a via correndo. Moradores pedem uma passarela ou semáforo no local Crédito: José Leomar
De dez a 15 minutos é o tempo que a população que reside ou trabalha próximo às rodovias estaduais e federais, que cortam a Capital, levam para fazer travessias de um lado ao outro das vias. A aposentada Tereza Mendes de Souza, 71 anos, todos os dias, se arrisca entre os carros que passam na Avenida Mister Hull e leva muito mais do que 15 minutos para ultrapassar a Avenida.
"Sou responsável por deixar e buscar meu neto na escola, mas é difícil, pois os carros não respeitam o pedestre e não há nenhuma passarela ou semáforo que ajude a gente. Já presenciei alguns atropelamentos, principalmente no período das 17 horas", relata a aposentada.
O que ela diz é confirmado pelos números da Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável pelas BRs 116 e 222, esta última referente à Avenida Mister Hull. Levantamento do órgão mostra que, em 2011, foram registrados 2.203 acidentes nestas vias. Um total de 141 foram atropelamentos. Nos cinco primeiros meses do ano, este número já chega a 35.
A assessoria de imprensa do órgão informou que, há mais de um ano, repassa ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) esses balanços e reclama a necessidade de modificações na estrutura viária, com o intuito de reduzir a quantidade de atropelamentos.
No caso, a PRF aponta a necessidade de uma maior sinalização tanto horizontal quanto vertical, assim como a construção de passarelas para pedestres.
Acessibilidade
Nas CEs, a situação também é complicada. Na Avenida Maestro Lisboa, no bairro Água Fria, duplicada recentemente, os pedestres sofrem com a falta de acessibilidade. O carpinteiro Marcos Aurélio Alves de Souza, 23 anos, reclama da ausência de sinalização ou passarelas.
"Eu passo aqui todos os dias e percebo que não pensaram nas pessoas que andam a pé ou dependem de ônibus para se locomover. Não tem um sinal e nenhuma passarela para eu passar. Já quando pego ônibus, tenho que contar com a sombra do poste para me proteger do sol. Se chover, o jeito é me molhar mesmo", reclama Marcos.
Soluções
O problema já chegou ao Ministério Público Estadual (MP-CE), especificamente ao Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas de Trânsito (Naetran). O coordenador, promotor de Justiça Gilvan Melo, disse que medidas já estão sendo tomadas em busca de soluções para os casos. "Até a primeira quinzena de julho, devemos enviar convites a todos os órgãos competentes, como Detran, DER, Dnit, PRF, AMC, entre outros, para que, juntos, busquemos soluções para esses casos", diz.
Ele informou que os principais gargalos encontram-se na Avenida Pessoa Anta com Alberto Nepomuceno e nas CEs e BRs que cortam a Cidade, as CEs 025, 040 e 401 e as BRs 116 e 222. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE) informou que tem pedidos diários de instalação de semáforos e que, de 2011 até agora, existem 100 solicitações aguardando uma análise para posterior instalação ou não.
THAYS LAVORREPÓRTER
Ten to 15 minutes is the time that the people who live or work close to the state and federal highways, which cut the capital, lead to crossing from one side to the other routes. Pensioner Tereza Mendes de Souza, 71, all day, is in danger from passing cars in Mr. Hull Avenue and takes a lot longer than 15 minutes to overcome Avenue.
"I am responsible to leave and seek my grandson at school, but is difficult because the cars do not respect the pedestrian walkway and there is no light or to help people. I've seen some pedestrians, especially during the 17 hours," reports retired.
What it says is confirmed by figures from the Federal Highway Police (PRF), responsible for the BRs 116 and 222, the latter referring to Mr. Hull Ave. Removal of the body shows that in 2011, 2,203 accidents were recorded in these pathways. A total of 141 were pedestrians. In the first five months of the year, this figure is closer to 35.
A spokesperson for the agency reported that more than a year, passes the National Department of Transport Infrastructure (DNIT) these statements and calls for the need for changes in road infrastructure, in order to reduce the amount of roadkill.
In this case, the PRF indicates the need for further signaling both horizontal and vertical, as well as the construction of pedestrian walkways.
Accessibility
In ECs, the situation is also complicated. In Maestro Lisbon Avenue in the neighborhood Cold Water, doubled recently, pedestrians suffer from a lack of accessibility. The carpenter Marcos Aurelio Alves de Souza, 23, complains about the lack of signage or walkways.
"I pass here every day and realize I do not think the people who walk the walk or rely on buses to get around. Not have a sign and no bridge for me to pass. Have bus when caught, have to rely on the shadow of the pole to protect me from the sun. If it rains, the way is to get wet anyway, "complains Mark.
Solutions
The problem has reached the State Public Ministry (MP-CE), specifically the Center for Special Action Control, Surveillance and Monitoring Policy Traffic (Naetran). The coordinator, prosecutor Gilvan Melo said measures are already being taken to find solutions for the cases. "Until the first half of July, we send invitations to all relevant bodies, such as DMV, DER, DNIT, PRF, AMC, among others, that together seek solutions to these cases," he says.
He said the main bottlenecks are in Avenida Pessoa Anta Alberto Nepomuceno and the ECs and BRs that cross the City, the FB 025, 040 and 401 and the BRs 116 and 222. The State Traffic Department (DMV-CE) have reported that daily requests for installation of traffic lights and, from 2011 until now, there are 100 applications awaiting a review for subsequent installation or not.