segunda-feira, 12 de março de 2012

Capital cearense sem acesso para pessoas com deficiência física

Capital cearense sem acesso para pessoas com deficiência física

Uma das queixas das pessoas com deficiência é a existência de buracos nas calçadas FOTO: SARA MAIA

Portadores de deficiência que querem curtir o dia na Praia do Futuro encontram dificuldades. O trajeto que percorrem do carro até as areias da praia é de difícil acesso. “A calçada tem buracos demais, a rampa é íngreme e ninguém vem ajudar quando a gente chega na parte da areia”, reclama o empresário Luiz Antônio.

O empresário levou o pai, o engenheiro Luiz Passos, para tomar uma tradicional água de coco. Entretanto, Passos não consegue mais sentir firmeza nas pernas, o que o faz utilizar uma cadeira de rodas. “Para trazê-lo, é preciso, pelo menos, duas pessoas. E a gente ainda fica procurando qual é a forma mais fácil”, reclamou Luiz Antônio. Os demais frequentadores da Praia do Futuro também notam a falta de acessibilidade.

Apesar de não ser portadora de deficiência, a analista de sistemas Melissa Ribeiro relatava a dificuldade de acesso. Natural de Cuiabá, afirmou que Fortaleza “não tem estrutura para adequar pessoas com deficiência física”. Segundo ela, em Cuiabá “é muito mais tranquilo e fácil”.

O supervisor da barraca de Praia CrocoBeach, Roberto Wagner, comentou que o local tem uma estrutura pensada para os portadores de deficiência. Além disso, Wagner relatou que há pouco tempo tinha tido uma reforma nas rampas de acesso por conta de acharem estreitas demais e de difícil o acesso para as pessoas com deficiência. Lá, a acessibilidade é constatada somente até o encontro com a areia.

Da mesma forma ocorre em mais seis barracas visitadas pelo O POVO. Na barraca Vira Verão, o





chefe de segurança Francisco Evaldo dos Santos afirmou “sempre” ter pessoas disponíveis para ajudar na locomoção dentro do estabelecimento.

Nas calçadas foram vistas diversas rampas de acesso. Contudo, a população estacionava em frente ao local, dificultando a passagem do portador de deficiência. “Não há onde estacionar e eles fazem isso”, afirmou o taxista Carlos Careca. O piso podotático (para cegos) não existe lá.

O POVO entrou em contato com a Secretaria Executiva Regional (SER) II, responsável pelo calçadão da Praia do Futuro. Segundo a assessoria, é necessário saber quais são os trechos exatos em que há buracos. Somente depois desse procedimento é que se pode enviar uma equipe ao local.

Fonte: jornal O Povo (Reportagem Roberta Arrais)

Nenhum comentário:

Postar um comentário