
Quem trafegou pela Avenida Aguanambi, no sentido Centro, teve de ter paciência. Apesar de ser 15h, muitos motoristas tiveram de acender os faróis dos veículos. O mesmo aconteceu em várias outras vias da Capital FOTO: KID JÚNIOR
Após uma semana inteira de sol, a sexta-feira amanheceu chuvosa em Fortaleza. A precipitação, que durou praticamente o dia inteiro, obrigou motoristas a trafegarem com cautela, gerando grandes congestionamentos.
Na Avenida Aguanambi, motoristas tiveram de ter paciência. Por volta das 14h40, o tráfego no sentido BR-116/Centro praticamente parou. O mesmo ocorreu em várias vias da Capital, a exemplo da Avenida Antônio Sales, Domingos Olímpio e Duque de Caxias. No Centro, os guarda-chuvas deram um colorido especial às ruas, que ficaram em grande parte inundadas. Apesar do relógio marcar 15h, as nuvens carregadas davam impressão de ser fim de tarde. Por precaução, muitos motoristas preferiram circular com os faróis acesos.
Neste ano, choveu em Fortaleza 238,6 milímetros. Fevereiro foi o mês com maior índice de precipitações: 173,2 mm, enquanto janeiro registrou 48,1 mm. Em março, já choveu 17,3 mm. A chuva de ontem, considerada a maior do mês, só será divulgada hoje, às 7h. As informações são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Para os próximos dias, a previsão é de mais chuva em todo Ceará. Gabriela Lameu, meteorologista da Funceme, explica que a chuva de ontem, foi ocasionada por um fenômeno chamado ondas de leste, comum no período pós-estação chuvosa.
O alerta de mais chuva é por causa da zona de convergência intertropical – fenômeno típico da estação chuvosa – que tende a se aproximar do Estado na próxima semana, podendo ocasionar chuvas mais significativas. No Ceará, a estação chuvosa ocorre entre os meses fevereiro e maio.
Desabamento
A Defesa Civil de Fortaleza registrou até às 17h de ontem, 11 ocorrências, sendo cinco alagamentos, dois desabamentos, um incêndio, uma inundação, um risco de desabamento e uma não especificada. Ao todo, nove bairros foram atingidos. As Secretarias Executivas Regionais (SERs) I e VI foram as mais afetadas, com quatro ocorrências cada. Na Rua Capitão Nestor Góis, número 172, no bairro Ellery, um antigo galpão desabou.
“O barulho foi enorme. A impressão que tínhamos é que um avião estava caindo”, conta a dona de casa Sandra Oliveira, 36. Segundo relato de moradores, o desabamento aconteceu às 14h. No local, funcionava uma empresa de locação de containers.
Apesar do estrago ter sido praticamente total, ninguém ficou ferido. Por sorte, pela manhã, ao ouvir barulhos diferentes e observar rachaduras nas paredes, o engenheiro calculista Régis Carneiro foi chamado ao local. Após fazer uma avaliação visual, ele constatou um processo de corrosão avançado dos pilares e recomendou que todos saíssem.
Não deu tempo nem de o engenheiro providenciar o reforço provisório da estrutura, quando a estrutura veio abaixo. Leonardo Lima, gerente da empresa de container e locatário do espaço, não soube calcular o total do prejuízo, mas informou que iria fazer esse levantamento para acionar um advogado e pedir o ressarcimento dos danos.
Fonte: jornal Diário do Nordeste (Reportagem Luana Lima)
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