No caso de postos de saúde que não tenham equipe do Programa de Saúde da Família (PSF), a recomendação é que seja um posto para cada 30 mil habitantes. Em Fortaleza, são 92 postos, quando deveriam ser 142, o que representa déficit de 50 unidades básicas de saúde.
Lídia Costa, coordenadora da Célula de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), explica que, na falta da quantidade recomendada de postos de saúde na Capital, é natural que as pessoas que não consigam atendimento recorram aos locais onde existe a porta aberta para o atendimento. O que não significa dizer que seja uma falha da atenção básica, mas um problema do sistema de saúde como um todo.
A coordenadora esclarece que, mesmo com o avanço que o Sistema Único de Saúde (SUS) teve, os hospitais secundários têm de dividir a demanda de pacientes com a atenção básica. “A população criou o hábito de ir aos hospitais secundários”, analisa Lídia.
Para minimizar a situação, a estratégia utilizada pela SMS foi de abrir 38, dos 92 postos de saúde, no período da noite, de 17h às 21h, e 20 deles aos sábados. Com isso, as crianças que por ventura adoeçam de noite, que antes só tinham a opção de ir aos hospitais secundários, agora contam com essa alternativa.
Para agravar a situação, o número de equipes do PSF também é insuficiente. Em 2005, a cobertura de equipes em Fortaleza era de 15%. Hoje é de 37%, representada pelas 256 equipes do que o município possui. Mesmo com a quantidade tendo mais que dobrado, Fortaleza não atinge sequer 50% de cobertura do Programa de Saúde da Família.
Lídia reconhece que o Município não tem a quantidade ideal de postos de saúde e nem de equipes do PSF para atender a demanda, mas destaca que houve avanços. Um deles foi a redução da mortalidade infantil, que passou de 22 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas em 2004, para 12 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas em 2010, o que, segundo afirma, é um indicador que avalia a qualidade da atenção básica.
Frotinhas
Messias Simões, diretor do Frotinha da Parangaba, comenta que os municípios polos não têm mantido o atendimento naquilo que lhes compete, com isso, tanto os hospitais secundários quanto os terciários acabam absorvendo essa demanda.
“Todas as regiões do Estado deveriam ser capazes de atender a média complexidade e, para Fortaleza, deveriam ser enviadas somente pessoas que necessitassem de atenção especializada”, acredita.
Para o diretor, o problema é que os três Frotinhas que a Capital possui; de Messejana, Parangaba e do Antonio Bezerra, têm de atender a população de Fortaleza, de mais de 2 milhões e 400 mil habitantes, e mais os pacientes da Região Metropolitana, totalizando 5 milhões.
Fonte: jornal Diário do Nordeste (Reportagem Luana Lima)
Fortaleza has a deficit of 50 primary care health units
The National Primary Care Policy, the Ministry of Health, recommends the Ordinance No. 648 of March 28, 2006, that in large urban centers, there is, on average, a health center for every 12,000 inhabitants.
In the case of health centers who are not staff Health Program (PSF), the recommendation is to be a post for every 30 000 inhabitants. In Fortaleza, are 92 stations, when they should be 142, which represents a deficit of 50 basic health units.
Lidia Costa, coordinator of the Primary Cell of the Municipal Health Service (SMS), explains that in the absence of the recommended amount of health centers in the capital, it is natural that people who can not care where there is recourse to the open door to attend. What not to say that is a failure of primary care, but a problem of the health system as a whole.
The coordinator explains that, even with the progress that the National Health System (SUS) was the secondary hospitals have to share the demand for primary care patients. "The population has made a habit of going to secondary hospitals," says Lydia.
To minimize the situation, the strategy used by the SMS was opening 38, the 92 health centers, at night, from 17h to 21h, and 20 of them on Saturdays. Thus, children who get sick at night, by chance, which previously only had the option of going to secondary hospitals, now have an alternative.
To make matters worse, the number of FHP teams is also insufficient. In 2005, coverage of teams in Fortaleza was 15%. Today is 37%, represented by 256 teams that the city possesses. Even with the number having more than doubled, Fortress does not reach even 50% coverage of the Family Health Program.
Lydia recognizes that the City has the optimal amount of health posts and neither of the PSF teams to meet demand, but notes that progress has been made. One was the reduction of infant mortality, which increased from 22 deaths per thousand live births in 2004 to 12 deaths per thousand live births in 2010, it claims, is an indicator that assesses the quality of care Basic.
Frotinhas
Messiah Simões, the director of Frotinha Parangaba, says that municipalities poles have not kept what the service is their responsibility, therefore, both the tertiary and secondary hospitals end up absorbing this demand.
"All regions of the state should be able to meet the average complexity and, to Fortaleza, should be sent only people in need of specialized care," he believes.
For the director, the problem is that the three Frotinhas that the Capital has, of Messingham, Parangaba and Antonio Bezerra, must serve the population of Fortaleza, more than two millio
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