quinta-feira, 17 de maio de 2012

População não acredita que Prefeitura cumprirá prazo prometido nas obras de mobilidade

O alargamento da avenida Alberto Craveiro era a principal obra em execução. Ontem de manhã,o canteiro de obra estava com muita areia e pouco movimento FOTO: DEIVYSON TEIXEIRA
Nas proximidades dos canteiros de obras de responsabilidade da construtora Delta, que pediu rescisão do contrato com a Prefeitura, a população expressa desconfiança sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos pela empresa a ser contratada após nova licitação. A Delta tem até o próximo dia 26 para organizar e paralisar todos os canteiros de obras, conforme declarou o titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Seinf), Luciano Feijão. O alargamento da avenida Alberto Craveiro era a principal obra em execução e o local apresentava, na manhã de ontem, canteiro de obra com muita areia e pouco movimento. No meio da manhã, um trator era removido da área por um caminhão. Rafael do Nascimento, que trabalha em uma loja em frente ao local em que a obra começou, diz que está ansioso para ver o trecho pronto. “Acho que não vão trabalhar os quatro turnos, mas vão ter que dar um jeito, mesmo que façam esses serviços meia boca que costumam fazer”, comentou.

A rotatória do Castelão, que passaria por intervenções para a construção de um túnel e já contava com desvios, terá o trânsito liberado após a suspensão da intervenção. O presidente da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), Fernando Bezerra, havia declarado que o trânsito deveria ser liberado até hoje. No entanto, a assessoria da AMC indicou que será necessário esperar que a construtora ajuste alguns pontos que interferem no tráfego, como iluminação e pavimentação. Somente após a liberação, a AMC passará a atuar para a volta do uso da rotatória pelos condutores. Para o prestador de serviços Alexandre Lourenço, o fim do desvio será um alívio, pois o trajeto ficou mais longo e complicado.
Durante a coletiva realizada na terça-feira para divulgar balanço das obras de mobilidade e a rescisão do contrato, Luciano Feijão indicou que, enquanto o novo processo licitatório não é finalizado, as desapropriações da avenida Alberto Craveiro serão priorizadas. Próximo à rotatória do Castelão, o comerciante André Luis Rocha reclamou os baixos valores das desapropriações dos imóveis da área. “Tem gente que mora aqui há mais de 30 anos. É a casa da gente, mas para eles isso não quer dizer nada”, declarou.
Carlos Augusto Roque, 21, sempre morou nas proximidades do Castelão. Ele diz que, com os valores das indenizações, não daria para comprar uma casa em nenhum lugar. “Ficaram de chamar os moradores de novo para negociar, porque não aceitaram os valores propostos”.
Fonte: jornal O Povo (Reportagem Samaisa dos Anjos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário