terça-feira, 31 de julho de 2012

População reclama de problemas em unidade de saúde 27.02.2012



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Muitas pessoas foram ao local ontem, mas encontraram as portas fechadas
FOTO: PATRÍCIA RAPOSO
Falta de medicamentos, materiais e ausência de atendimento nos fins de semana estão entre as principais reclamações
A pé e com o filho de apenas 10 meses de idade no colo, a doméstica Fabíola Torres, 26, seguia, na manhã de ontem, ao Centro de Saúde Floresta, no bairro Álvaro Weyne. A unidade, apesar de não haver uma determinação da Prefeitura que obrigue a abertura de postos de saúde nos fins de semana, costumava prestar atendimento também nesses dias. No entanto, para frustração de Fabíola, ao chegar ao local, o posto se encontrava com as portas fechadas.

"Esse posto sempre funcionou aos domingos, não sabia que estaria fechado", lamentou a doméstica, que precisou sair à procura de um hospital para levar a criança, com quadro de gripe, febre, e diarreia.

A professora Sângela Soares, 33, e seu esposo, o guarda municipal Sérgio Ribeiro, 35, também estiveram, na mesma manhã, na unidade de saúde em busca de atendimento. Segundo Sângela, seu filho pequeno foi diagnosticado com broncopneumonia, no Hospital Infantil Luís França, de onde o casal recebeu a orientação para obterem o medicamento específico no Centro de Saúde Floresta. A professora afirma, ainda, que a médica do hospital informou que o posto estaria aberto, e que o casal poderia pegar o remédio. " Agora teremos que dar um jeito de comprar, já que ele precisa", disse.

A doméstica Maria Teixeira da Silva, 50, de passagem pelo local, afirmou que o posto não abre mais aos fins de semana há um certo tempo, mas ressaltou que este não é o principal problema. Segundo ela, a unidade está com carência de medicamentos e materiais básicos, como luvas e seringas. Informação esta compartilhada pela aposentada Venina de Abreu, 85, que afirmou estar há quase um mês sem a sua medicação para a diabetes. "É muito difícil conseguir esse remédio", lamentou. A dona de casa Geórgia Carneiro, 30, reside em frente ao centro de saúde, e informou que a iluminação da unidade está precária, favorecendo a ação de vândalos, e comprometendo a segurança dos moradores próximos: "À noite fica muita gente na calçada do posto fazendo o que não deve".

Sobre o atendimento nos postos, a Assessoria de Imprensa da Secretária Municipal de Saúde (SMS) informou que todas as unidades de atenção básica da capital funcionam em horário institucional, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, e que, além desse horário, e nos fins de semana, é caracterizado como 3º turno de atendimento, ficando sujeito à formação ou não de equipe extra de profissionais pela coordenação de cada posto.

A SMS ressaltou, ainda, que não é característica das unidades de atenção básica o atendimento a casos de urgência e emergência, devendo a população, nesses casos, procurarem os hospitais distritais, que funcionam 24 horas.

Irregularidades
A falta de médicos e medicamentos está entre as principais irregularidades apontadas pela Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), em recente visita a postos de saúde da Capital. O objetivo da comissão é analisar a realidade do atendimento público desses locais. Sobre a falta de iluminação na área externa do Centro de Saúde Floresta, a reportagem entrou em contato com a Secretaria Executiva Regional (SER) I, mas não obteve resposta.

RENATO BEZERRAESPECIAL PARA CIDADE

Obras em terminal são alvo de reclamações 20.07.2012


Serviços existem desde 2009 e já tiveram vários prazos para conclusão. O mais recente é janeiro de 2013
Durante uma obra, não é incomum placa pedindo paciência à população, ressaltando que os transtornos são temporários, mas os benefícios, permanentes. Entretanto, os trabalhos de ampliação do terminal integrado de passageiros do Antônio Bezerra, que se arrastam desde 2009, são alvo de reclamações e muita impaciência por parte dos 220 mil usuários que passam por lá todos os dias.


Diariamente, 220 mil pessoas passam pelo Terminal do Antônio Bezerra. Usuários reclamam das grandes filas e de muita poeira Foto: Alex Costa
No período de quase quatro anos, vários prazos de conclusão foram dados devido a problemas com desapropriações e chuvas. Recentemente, a data passou de outubro deste ano para janeiro de 2013.

Por último, um acidente envolvendo um operário, na semana passada, complicou mais ainda os trabalhos. Enquanto isso, os passageiros sofrem e relacionam uma série de dificuldades devido à obra e, principalmente, o tempo de espera para que esta fique pronta.

O aposentado José Napoleão de Souza diz que os ônibus ficam até 15 minutos no terminal antes de chegar às suas plataformas, enquanto as filas só aumentam. "Algumas vezes, os motoristas são obrigados a dar mais uma volta no interior do terminal, como forma de não agravar ainda mais a situação", afirma ele.

Além disso, com as novas intervenções, que incluem a demolição de boxes, a poeira e o barulho se somam às dificuldades dos usuários, principalmente de quem sofre de asma, rinite e os mais velhos.

Os fiscais da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) se desdobram para informar os novos pontos, organizar filas e esclarecer dúvidas.

Um dos problemas que emperraram a obra foi com as desapropriações. Uma peleja judicial entre a Prefeitura Municipal de Fortaleza e um posto de gasolina, que se arrastava desde o segundo semestre de 2009, impedindo a ampliação do Terminal de Integração Antônio Bezerra, foi resolvida em junho de 2011.

Segundo a decisão do titular da 4ª Vara da Fazenda Pública, Mantovaneli Colares, o terreno foi liberado mediante indenização de R$ 3 milhões, atendendo, assim, o laudo oficial de avaliação da propriedade. Com isso, um novo prazo de conclusão foi dado pela Prefeitura.

O coordenador do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), Daniel Lustosa, afirmou, na época, que o terreno do posto de gasolina era o "último imóvel que falta para a ampliação do terminal e ressaltou que, após a decisão judicial, a construção deve ser iniciada já na primeira semana de julho e o prazo de entrega é abril de 2012". Ainda segundo ele, o terminal funciona, atualmente, em uma área de 12.500 m² e, após a ampliação, será de 29.500m²,quase o dobro.

Melhorias

De acordo com a assessoria do Transfor, o terminal vai dobrar de tamanho, irá ganhar novas entradas e saídas, pontos de táxi e moto-táxi, piso em concreto, bicicletário e será todo acessível. O investimento da Prefeitura Municipal de Fortaleza é de mais de R$ 14 milhões.

Também estão sendo construídos novos boxes para os permissionários e três novas plataformas de embarque acessíveis, que irão permitir o embarque dos passageiros em nível, ou seja, sem degraus. Para garantir maior segurança nos deslocamentos dos passageiros dentro do terminal, é construído um túnel para pedestres, interligando as plataformas de embarque.

LÊDA GONÇALVESREPÓRTER

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Moradores dos Bairros Lagoa Redonda e Curió reclamam dos poucos médicos em posto de saúde





http://g1.globo.com/videos/ceara/cetv-1dicao/t/fortaleza/v/moradores-dos-bairros-lagoa-redonda-e-curio-reclamam-dos-poucos-medicos-em-posto-de-saude/2065056/

Motoristas reclamam dos frequentes acidentes no Bairro Ellery



http://g1.globo.com/videos/ceara/cetv-1dicao/t/fortaleza/v/motoristas-reclamam-dos-frequentes-acidentes-no-bairro-ellery/2065155/

Saúde deficitária: PSF atinge apenas 35% da população fortalezense

Fortaleza é a terceira Capital brasileira com maior cobertura do Programa Saúde da Família (PSF), atingindo 35% da população, ou seja, 65% não têm acesso ao benefício. Segundo Lídia Costa, gerente da Célula de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 70% da população da Capital depende, exclusivamente, do Sistema Único de Saúde (SUS), portanto mais da metade dela está desamparada em relação ao PSF.
Conforme o levantamento, a cidade de Fortaleza fica atrás apenas de Belo Horizonte, que tem 75% de cobertura e Recife, com 56%. Os dados são do DataSus, registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde, do Ministério da Saúde.
Outro detalhe importante que deve ser esclarecido, é que essa estatística é feita com base na população de cada Capital. Ou seja, Fortaleza, que possui 248 equipes, está à frente de São Paulo, onde 31% da população está coberta e possui cerca de mil equipes. Mas, é preciso considerar que, na última, residem 11,2 milhões de habitantes, enquanto, na capital cearense, há 2,4 milhões. Belo Horizonte, que possui 75% da população atendida, é menos populosa do que Fortaleza e possui 2,3 milhões de habitantes.
Essa situação, apesar de parecer favorável, mostra o porquê das grandes filas para atendimento nos postos de saúde, superlotação nos hospitais secundários e população insatisfeita por conta dos médicos que não estão conseguindo atender à grande demanda de pacientes.
O psiquiatra e médico de família e comunidade, João Batista, que trabalha em um Centro de Saúde no bairro José Walter, explica que a carência de médicos está diretamente ligada às más condições de trabalho que geraram evasão de mais da metade dos concursados da última e única a seleção ocorrida em 2006, na Capital.
Estrutura
“Os locais de trabalho apresentam uma estrutura física deficitária e sem conforto. Além disso, a remuneração em relação a outras especialidades médicas não é satisfatória. Essa situação gera desmotivação dos profissionais de saúde”, destaca. Para ele, tudo poderia ser diferente se o Município proporcionasse postos de saúde mais confortáveis e um salário que possibilitasse exclusividade do médico.
Pois, segundo ele, cada médico chega a atender mais de 50 pacientes por dia, quanto deveria atender apenas 32. “Não dá para se manter tendo apenas um emprego. Temos que ter mais de dois, às vezes três, para manter o padrão de vida que queremos”, diz. Diante dessa situação, mais da metade dos 470 médicos convocados em 2006, já desistiram de trabalhar no PSF. Agora só existem 248.
Para Lídia Costa, gerente da Célula de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a desistência do cargo faz parte de uma questão cultural dos médicos brasileiros. Segundo ela, os profissionais preferem ser especialistas e trabalhar em seus próprios consultórios do que ficar 40 horas semanais sendo generalistas em postos.
Conforme ela, o salário de um médico do PSF na Capital é bastante satisfatório variando de R$ 8 mil a R$10 mil, por mês, de acordo com cada regional. Portanto, a justificativa salarial não deveria ser usada como desculpa para evasão dos profissionais. Ela reconhece a falta de estrutura de algumas unidades, mas destaca que a Prefeitura recebeu uma verba de R$ 8,2 milhões para ser usada na reforma imediata de 58 dos 92 centros de saúde. Essa reforma, segundo ela, deve melhorar o conforto do atendimento até o fim do ano.
Conforme Lídia Costa, houve uma mudança nas regras do Ministério da Saúde e, a partir deste semestre, médicos concursados de 20 horas dos municípios poderão aderir ao PSF. Em Fortaleza, 220 profissionais devem receber o convite, dentre eles 80 pediatras e 45 ginecologistas. Os demais são clínicos gerais.
Segundo a gerente, o Município mantêm 70% do programa com recurso próprio, e o Governo Federal envia 30%. Conforme ela, está havendo um diálogo entre o Ministério da Saúde e a Presidência a fim de aumentar esse valor para 40%. Então, de acordo com Lídia, a expectativa é que, até dezembro, a cobertura do PSF chegue a 50% na Capital.
Fonte: jornal Diário do Nordeste (Reportagem Karla Camila)

Praça da Faculdade de Direito em clima de abandono



 http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/praca-da-faculdade-de-direito-em-clima-de-abandono/

A Praça Clóvis Beviláqua, que fica em frente a sede da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, continua em clima de abandono. Ponto dos mais tradicionais de Fortaleza, bem que merecia melhor tratamento.
Na prática, uma boa reforma.
(Foto – Paulo Moksa

domingo, 29 de julho de 2012

Cancela do Frotinha de Antônio Bezerra completa um ano sem uso


Para garantir mais segurança a usuários e servidores, a direção do Frotinha de Antônio Bezerra decidiu colocar uma cancela para controlar a entrada de veículos na unidade de saúde. Há um ano, o equipamento foi colocado, para alívio dos servidores.
O problema é que, desde então, inexplicavelmente o equipamento nunca foi utilizado

Eis a real fortaleza bela.......



Fortaleza esquecida 29/07/2012


Nas Goiabeiras, abandono em parte compensado pela exuberante vista do Rio Ceará

O problema não é a falta de dinheiro

Para além da escassez de verbas, Poder Público tenta explicar por que é tão difícil resolver o problema

A princípio, nada justifica o fato de, na 4ª Capital do País, ainda haver rincões de miséria onde se vive no meio da areia, sem pavimentação e sem uma lâmpada sequer nas vias públicas. Recursos para esse tipo de serviço não faltam, reconhece o Estado. Entretanto, em determinados casos, a complexidade do problema não se resolve apenas com dinheiro, argumenta Francisca Rocicleide Ferreira, a Rossi, titular da Secretaria Executiva Regional (SER) II da Prefeitura de Fortaleza.

Segundo a secretária, que também já coordenou as áreas das SER I e IV, um dos fatores que explicam a existência desses bolsões são os processos de construção desses territórios – as chamadas “invasões”.

Sem poder pagar aluguel, algumas famílias se apropriam de terrenos sem qualquer infraestrutura – alguns em áreas de risco ou de preservação ambiental – para construírem suas casas, ainda que precariamente. E ali vão vivendo, no improviso, em más condições urbanas.

Perguntada sobre por que o poder público imediatamente não provém esses espaços de serviços básicos – já que a população não pode ficar desassistida –, Rocicleide explicou um dos entraves: o Estado não pode “legitimar” ocupações irregulares. Fora isso, de acordo com ela, há situações em que as características naturais do local não permitem todas as intervenções urbanas necessárias.

“Às vezes a estrutura da via impede que passe um caminhão de lixo, por exemplo, que é um veículo pesado. Então, você precisaria pavimentar a rua. Mas, para isso, é preciso fazer drenagem e saneamento antes, o que nem sempre é possível, dependendo do tipo de terreno (como duna ou mangue)”, exemplificou a secretária.
 
Soluções
Diante dos obstáculos, cabe o questionamento: estaríamos fadados a manter, em Fortaleza, espaços de carência e total abandono? Para Rocicleide, “não existe solução única e milagrosa para diferentes espaços. Entretanto, no geral, a principal saída encontrada pelo poder público tem sido as “políticas de requalificação social”, que incluem a transferência dessas famílias para outros locais, a partir dos programas de habitação”.

A secretária citou o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, mas ponderou que, ainda assim, nem sempre é tão fácil resolver a situação. “Não é só remover as famílias”, explicou.

A transferência, segundo Rossi, requer espaços com características semelhantes ao lugar de origem dos moradores, de preferência em bairro próximo, com estrutura adequada para recebê-los



A princípio, nada justifica o fato de, na 4ª Capital do País, ainda haver rincões de miséria onde se vive no meio da areia, sem pavimentação e sem uma lâmpada sequer nas vias públicas. Recursos para esse tipo de serviço não faltam, reconhece o Estado. Entretanto, em determinados casos, a complexidade do problema não se resolve apenas com dinheiro, argumenta Francisca Rocicleide Ferreira, a Rossi, titular da Secretaria Executiva Regional (SER) II da Prefeitura de Fortaleza.

Segundo a secretária, que também já coordenou as áreas das SER I e IV, um dos fatores que explicam a existência desses bolsões são os processos de construção desses territórios – as chamadas “invasões”.

Sem poder pagar aluguel, algumas famílias se apropriam de terrenos sem qualquer infraestrutura – alguns em áreas de risco ou de preservação ambiental – para construírem suas casas, ainda que precariamente. E ali vão vivendo, no improviso, em más condições urbanas.

Perguntada sobre por que o poder público imediatamente não provém esses espaços de serviços básicos – já que a população não pode ficar desassistida –, Rocicleide explicou um dos entraves: o Estado não pode “legitimar” ocupações irregulares. Fora isso, de acordo com ela, há situações em que as características naturais do local não permitem todas as intervenções urbanas necessárias.

“Às vezes a estrutura da via impede que passe um caminhão de lixo, por exemplo, que é um veículo pesado. Então, você precisaria pavimentar a rua. Mas, para isso, é preciso fazer drenagem e saneamento antes, o que nem sempre é possível, dependendo do tipo de terreno (como duna ou mangue)”, exemplificou a secretária.
 
Soluções
Diante dos obstáculos, cabe o questionamento: estaríamos fadados a manter, em Fortaleza, espaços de carência e total abandono? Para Rocicleide, “não existe solução única e milagrosa para diferentes espaços. Entretanto, no geral, a principal saída encontrada pelo poder público tem sido as “políticas de requalificação social”, que incluem a transferência dessas famílias para outros locais, a partir dos programas de habitação”.

A secretária citou o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, mas ponderou que, ainda assim, nem sempre é tão fácil resolver a situação. “Não é só remover as famílias”, explicou.

A transferência, segundo Rossi, requer espaços com características semelhantes ao lugar de origem dos moradores, de preferência em bairro próximo, com estrutura adequada para recebê-los

A Fortaleza que os governos não enxergam

O POVO mapeou áreas mais carentes de Fortaleza 
 
 Governo após governo, eleição após a outra, nada muda para a parcela mais miserável de Fortaleza. Com base em índices oficiais, O POVO mapeou as áreas mais abandonadas da Capital e mostra a vida dos esquecidos pelos políticos
 
 
 

Saem governantes, elegem-se outros e nada muda para uma parte de Fortaleza que vive praticamente esquecida pelo poder público. São recantos de miséria onde Prefeitura e Governo do Estado, ao longo das sucessivas gestões, parecem não ter chegado. O resultado do abandono é visto na ausência de serviços básicos. Imagine, leitor, que na segunda capital mais rica do Nordeste, ainda há gente que depende de carro pipa ou da chuva para ter acesso à água.

O dado, de 2010, é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Um passeio pelas tabelas do órgão revela que por mais que o discurso político tenha como alvo as famílias mais pobres, ainda restam espaços desassistidos pelo Estado, por inúmeros motivos – alguns pertinentes, outros dignos de revolta.

Mesmo em bairros que gozam de infraestrutura, há comunidades que sucumbem. No recentemente requalificado Pirambu, por exemplo, 102 domicílios não possuem energia elétrica, conforme aponta o IBGE. Na Granja Portugal, 106 casas estão nessa situação.

E o que dizer da falta de banheiros, instalações necessárias à higiene e que, aparentemente, toda residência da Capital possui? Os números, também referentes a 2010, são de causar perplexidade: no bairro Siqueira, 147 casas não têm sanitário. Na Granja Portugal, são 125 residências sem banheiro. No Genibaú, 114. As necessidades são feitas no solo, em rios ou lagos, abrindo margem para poluição e doenças.

O POVO levanta o debate sobre a Fortaleza vulnerável justamente no período eleitoral, para mostrar que, com o passar dos anos, mesmo com a série de comícios, passeatas, discursos e pedidos de voto, a classe política acabou deixando escapar de seus cuidados parcela considerável da cidade – que não é a maioria da população, mas que nem por isso deve deixar de ser levada em conta.

Embora, pela atual conjuntura, a responsabilidade recaia sobre a administração em curso, observa-se que algumas situações têm origem em um passado bem distante. Nas próximas páginas, O POVO mostra alguns detalhes sobre essa Fortaleza dos esquecidos, com os possíveis motivos que levaram à situação e as expectativas de superação dos rincões de pobreza que coexistem com o luxo da Capital.

"São recantos de miséria onde Prefeitura e Governo do Estado, ao longo das sucessivas gestões, parecem não ter chegado

sábado, 28 de julho de 2012

População não aprova novo asfalto colocado nas ruas do bairro




Foi praticamente de uma hora para outra, conta Fábio Moura. Quando chegou ao cruzamento da rua General Sampaio com a avenida Duque de Caxias, onde, diariamente, vende salgados, a rua estava recapeada. “Passei uns dias sem vir e fizeram isso. Acho que vai ficar pior”. O problema, para ele, é que a rua está em um nível acima da calçada, e o local já costuma sofrer bastante em dia de chuva. As bocas de lobo, ele aponta, foram tapadas pela nova camada de asfalto. “Aqui já alaga demais”, reclama.
“Melhorou, mas o trabalho é feito às pressas e fica assim, sem qualidade”, reclama o vendedor Wenderson Galdino. Ele conta que já viu muitos carros furarem o pneu em uma boca de lobo que permanece com grades expostas no cruzamento das ruas General Sampaio e Pedro Pereira. Para as motos, outro problema, indica o também vendedor Jorge Washington: com o asfalto tão alto, muitos motociclistas se desequilibram ao fazer as curvas. “Todo dia eles caem, principalmente quando o ônibus dobra de uma vez”. Pedestres também sofrem com o desnível, informa Jorge. “Quando chove e alaga tudo, as pessoas não sabem que o asfalto é mais alto e acabam torcendo o pé”, relata.
Segundo a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Seinf), antes da colocação da nova camada de asfalto na via, é feita a fresagem (raspagem) da anterior. As vias recebem uma fresagem padrão de quatro centímetros, mas as que têm tráfego intenso de ônibus recebem uma fresagem de cinco centímetros, informa a secretaria.
De acordo com a Seinf, o nível do asfalto aplicado permanece igual ao do anterior. “Historicamente, era feita apenas a sobreposição de camadas de asfalto, o que contribuía para a elevação do nível”, afirma a nota da secretaria. Em época de chuva, a água irá escoar normalmente, garante a secretaria. “Não há transtornos para a população”, frisa o texto.
(O POVO / Foto: Deivyson Teixeira)

 http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/populacao-nao-aprova-novo-asfalto-colocado-nas-ruas-do-bairro/


Por uma efetiva mobilidade urbana

Em artigo no O POVO deste sábado (28), a arquiteta e urbanista, professora e pesquisadora da Universidade de Fortaleza, Fernanda Rocha, comenta a “falta de acesso ao transporte público, de fluidez e segurança na circulação de pedestres, ciclistas e veículos, e de liberdade na escolha do modo de locomoção”. Confira:
Considerando-se a sensível precariedade das condições atuais de mobilidade urbana na cidade de Fortaleza, faz-se imperativo o debate acerca do seu caráter essencial, e das implicações dela decorrentes na qualidade de vida de todos os cidadãos fortalezenses.
Posto em relevo que a mobilidade vai além da visão corrente de mero deslocamento, deve-se compreendê-la, a partir das ideias do geógrafo Jacques Lévy, como a relação social ligada à possibilidade da mudança de lugar, reforçando ainda mais a imprescindibilidade de uma atenção redobrada em sua abordagem, dado que se trata de um conjunto complexo, envolvendo diferentes atores, atividades, escalas, espaços, modalidades, tempos, entre outros.
 http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/por-uma-efetiva-mobilidade-urbana/

Ainda assim, poderíamos elevar qualitativamente os indicadores da mobilidade urbana em Fortaleza se nos fosse pelo menos garantida a efetividade do Plano Diretor Participativo (PDP For), em vigor desde 2009, no qual a acessibilidade e a mobilidade estão elencados dentre seus objetivos. Um capítulo específico é destinado a tratar da política de mobilidade urbana na Cidade, organizado em seis seções, versando mesmo que de maneira menos abrangente, de alguns de seus componentes: acessibilidade, sistemas de circulação, viário e de transportes. Ali já estava previsto um prazo de dois anos para elaboração e implementação do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Fortaleza, do qual até hoje, só se ouvem promessas.
Enquanto isto, vivenciamos no cotidiano a falta de acesso ao transporte público, de fluidez e segurança na circulação de pedestres, ciclistas e veículos, e de liberdade na escolha do modo de locomoção, apenas para citar alguns dos problemas relacionados à questão da mobilidade urbana.
Resta então, a nós cidadãos, certa sensação de descrédito nas ações dos gestores públicos, especialmente quando somos impactados a todo o instante por diversas obras de infraestrutura viária, sem sabermos ao certo como se relacionam ou se foram planejadas considerando perspectivas futuras, a partir de visões estratégicas e integradas aos demais componentes deste grande sistema que é a cidade.
Torna-se necessária uma cobrança enfática, principalmente no momento em que o período eleitoral se aproxima, para que os candidatos a futuros gestores assumam compromissos no sentido de garantir a efetivação desta política e de seus desdobramentos em planos e ações concretas, mas relacionadas, sob pena de que não estejamos novamente diante de mais uma “letra morta” a ilustrar o histórico de planejamento urbano, no qual as leis não se aplicam de fato. Ou será que ficaremos limitados a uma “deficiência cívica”, no dizer de Milton Santos, assistindo passivamente a deriva de uma cidade que se faz ao sabor de todo tipo de intempéries?
Acorda Fortaleza!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Saúde é o principal gargalo de Fortaleza e preocupa população

Das 10 coligações que disputam a Prefeitura de Fortaleza, cinco têm um médico como candidato a prefeito ou a vice. Não à toa. Para mais da metade (51%) dos eleitores da capital cearense entrevistados pela pesquisa O POVO/Datafolha, a saúde pública é o principal gargalo de Fortaleza. O percentual de lembranças foi mais que o triplo do alcançado pela educação, que aparece em segundo lugar. Em relação à segurança, terceira colocada, a saúde teve cinco vezes mais menções.
O diagnóstico não se limita ao eleitorado: para os dez candidatos a prefeito da cidade, a reestruturação do sistema de atendimento à saúde da população é medida emergencial e prioritária. Com essa visão, a escolha por profissionais da área entre os postulantes é apontada pelas chapas como opção estratégica para que o próximo gestor trate do tema na linha de frente.
Ainda no início da campanha eleitoral, o assunto já é dos mais abordados em debates, entrevistas, e discursos de palanque. Entre as propostas para o setor, há quem sugira multiplicar as equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e aumentar, também, a quantidade de unidades de serviço. Valorizar os profissionais da área e implantar atendimento em três turnos também consta nos planos de governo dos postulantes.
De tão citado, o assunto já provocou discussões entre os candidatos que disputam o pleito e troca de acusações sobre de quem seria a responsabilidade pela má qualidade do serviço que vigora em Fortaleza. Principal entrada de atendimento emergencial na Cidade, a superlotação do Instituto Doutor José Frota (IJF) é culpa do Governo do Estado, segundo acusa o postulante petista à Prefeitura, Elmano de Freitas. Em resposta, o candidato do governador Cid Gomes, Roberto Cláudio (PSB), diz que a lotação do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) é responsabilidade da gestão municipal.
Educação e segurança
Na sequência de temas prioritários elencados pelo eleitorado de Fortaleza aparecem as políticas para a educação, citadas por 16% dos entrevistados pela pesquisa O POVO/Datafolha. O eixo está, também, entre as prioridades dos dez candidatos a prefeito. Dentre as políticas para o setor, aparecem escola em tempo integral, inclusão de novas disciplinas na grade curricular e valorização do professor.
Surpresa para os que dizem que segurança pública não é tarefa das gestões municipais, o tema é o terceiro mais citado (10%) pelo eleitor como assunto que deve ser tratado como prioridade pelo próximo prefeito. Entre os postulantes, há uma parcela que defende que as políticas municipais para o setor limitam-se à oferta de lazer e cultura em equipamentos públicos. Outros defendem que a guarda municipal é a figura do Município responsável pela segurança e, por isso, esses profissionais devem andar armados a partir da próxima gestão.
Mobilidade urbana
Tratado como prioridade por boa parte dos candidatos a prefeito de Fortaleza, o assunto que ganhou ares de “tema da moda” pouco foi lembrado pelo eleitor de Fortaleza. Apenas 1% citou políticas públicas para o “trânsito” como emergenciais na capital cearense. Ações voltadas à mobilidade urbana aparecem como prioridade para quatro, dos dez candidatos que disputam o pleito.
Fonte: jornal O Povo (Reportagem Raquel Maia

Ministério Público vai entrar com ação contra Prefeitura de Fortaleza por não fornecer sondas


Promotora Isabel Pôrto, do Ministério Público: "Estaremos ingressando até a próxima semana com a medida judicial" FOTO: JORGE ALVES
Há dez anos, Francisco Ferreira sofreu lesão medular. Sorriso no rosto, lida com os obstáculos que a rotina apresenta, mas se aborrece quando tem de enfrentar o fornecimento irregular dos medicamentos e materiais necessários para a saúde dele e de muitos outros que integram o programa de Lesão Medular, de responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza.
Após quatro audiências públicas, a última delas realizada ontem, o Ministério Público vai entrar com ação civil pública contra a Prefeitura. Segundo a promotora Isabel Pôrto, a questão é antiga: “Como a maioria das coisas não foi solucionada, estaremos ingressando até a próxima semana com a medida judicial pertinente dizendo aquilo que o município tem que fornecer dentro do programa”.
Há quatro meses, as sondas uretrais números 10 e 12, usadas pela maioria dos adultos com lesão medular, não estão sendo fornecidas pela Prefeitura na quantidade necessária. Aqueles que não têm condições de comprar, reutilizam as sondas, o que aumenta o risco de infecção urinária e insuficiência renal, por exemplo.
Representantes da Prefeitura na audiência disseram que o problema dos insumos em falta é consequência da entrega do material pela empresa vencedora da licitação, a Pramed. A empresa havia se comprometido a enviar o material até o último dia sete, mas a entrega parcial só foi realizada na última segunda-feira.
Os insumos recebidos (seis mil sondas nº 10 e cinco mil nº 12) servem a 40% e 10% dos pacientes, respectivamente. Foi solicitada remessa emergencial, mas a Prefeitura não informou a data de entrega.
A reportagem tentou contatar a empresa Pramed, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
Fonte: jornal O Povo (Reportagem Samaisa dos Anjos)

Prefeitura fecha rua e não começa obra









Do Franklin Júnior, leitor deste Blog, recebemos:
Bom dia, Eliomar!
As fotos acima mostram, mais uma vez, a maneira como a Prefeitura de Fortaleza e seus contratados tratam a população. Esse trecho da Rua Costa Barros, entre as ruas João Cordeiro e Gonçalves Ledo, teve o asfalto totalmente arrancado na última segunda-feira.
O serviço faz parte do do Transfor. O problema é que, após a retirada do asfalto, já se passaram quatro dias e nada mais foi feito. Não se vê um só trabalhador tocando atuando no trecho.
Ou seja: um serviço que deveria ser feito com a maior rapidez, tem como prioridade a interdição. A execução e conclusão da obra fica para… sabe Deus quando.
Num lugar onde a população é respeitada, com certeza os trabalhos ocorreriam em turno de 24 horas. Há momentos em que a confusão no trânsito é demasiada. E ninguém colocou algum agente da AMC para auxiliar.
Torcemos para que o próximo prefeito respeite a população. Pelo menos.
Abraços,
Franklin Júnior.

 http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/prefeitura-fecha-rua-e-nao-comeca-obra/

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Rua fica sempre enlameada

 
A estudante de jornalismo da UFC Yohanna Pinheiro denuncia o que considera ser um descaso com a rua Coronel Olegário Memória, no bairro Sapiranga. Ela reclama que o bairro não possui saneamento básico e assim sendo o esgoto está a céu aberto sempre. Lembra que a rua está intransitável por conta dos buracos, que o mau cheiro pode ser sentido à distância e o ambiente é propício para a proliferação de doenças. Conforme Yohanna, a operação tapa-buraco da Prefeitura já consertou o trecho várias vezes

 http://www.opovo.com.br/app/colunas/opovonosbairros/2012/07/26/noticiasopovonosbairros,2885795/rua-fica-sempre-enlameada.shtml

Roubos a residência aumentam 34% na Capital

http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2012/07/26/noticiasjornalfortaleza,2885816/roubos-a-residencia-aumentam-34-na-capital.shtml

399 casos foram registrados de janeiro a abril deste ano em Fortaleza. O mesmo período do ano passado teve 297 ocorrências. Especialista fala em crescimento descontrolado da cidade, enquanto Polícia silencia. Em algumas situações, vítima pode precisar de acompanhamento
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Entretida com o dramalhão da novela, a garota nem percebeu a movimentação no cômodo ao lado. A vilã da telinha estava prestes a ser presa; a de dentro de casa, na iminência de escapulir. Foi preciso chegar o intervalo comercial para a jovem buscar um copo d’água na cozinha e notar, de relance, a silhueta de alguém revirando gavetas. Duas já estavam sobre a cama. Sem nada.

A adolescente mexeu no interruptor, constatou a estranha e gritou. Foi o tempo de a mulher catar a sacola com o apurado e saltar janela e muro para sumir nas ruas do Henrique Jorge. “Ela levou joias e dinheiro”, resume a moradora do bairro com o sexto maior índice de roubos a residência em Fortaleza no primeiro quadrimestre de 2012.

Foram 11 casos, segundo relatório produzido pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará exclusivamente para O POVO. (Confira o ranking das localidades mais afetadas na página 9)

Fortaleza teve 34% mais ocorrências do tipo de janeiro a abril deste ano (399 casos) do que no mesmo período do ano passado (297). A média, este ano, é de 3,2 casas atacadas diariamente contra 2,4 do primeiro quadrimestre de 2011.

No Ceará todo, a variação foi de 23% a mais de um período para o outro. Saiu de 436 roubos de janeiro a abril do ano passado para 537 no quadrimestre deste ano.

A Capital concentra 74% dos casos em 2012. Eles estão espalhados por 89 bairros (74% dos 119 oficiais considerados pela Prefeitura). Se analisadas as estatísticas dos demais 14 municípios da Região Metropolitana, o total salta para 91%.

O inchaço na estatística da Capital de um ano para o outro é reflexo do crescimento acelerado da cidade. “Vamos ter (ocorrências) em áreas de maior concentração de renda (zona Leste) e também onde a classe média cresce (zona Oeste). A população reage morando de forma condominial ou construindo muros altos. Mas muro alto é garantia de insegurança e de reforço ao anonimato e à impessoalidade”, diz o especialista em geografia urbana, professor José Borzacchiello da Silva.

Segundo ele, a verticalização de residências por aqui iniciou na década de 1990 e acentuou-se nos anos 2000 - justo quando os índices de criminalidade começaram a recrudescer em todo o País. “Você mora num condomínio de 20 andares e não conhece quem mora ao lado. Isso faz com que tudo de estranho aterrorize as pessoas. É uma característica da modernidade. E a tendência é agravar”.

Membro do Observatório das Metrópoles, Borzacchiello avalia os avanços tecnológicos dos últimos anos no setor de segurança patrimonial como outro agravante. “Eles conduzem o cidadão ao isolamento. Estamos vivendo um forte processo de desvalorização da rua como espaço de animação. Isso é um perigo”, complementa.
 
O POVO tentou ouvir representantes da SSPDS durante 12 dias. Contatos telefônicos foram feitos e e-mails foram enviados às assessorias da pasta e da Polícia Militar. Fontes até chegaram a ser indicadas, mas preferiram não comentar os dados fornecidos pela própria secretaria nem dar dicas de segurança aos leitores.
 
ENTENDA A NOTÍCIA

Medidas específicas por bairro precisam ser implementadas em parceria com as comunidades para os índices recuarem. Estudos bairro a bairro já foram feitos em Fortaleza e podem servir de base para o Governo, constitucionalmente responsável pela segurança pública.

Serviço
Núcleo de Transtornos Ansiosos (Nuta)
Onde: Hospital de Saúde Mental de Messejana (rua Vicente Nobre Macêdo, s/n).
Funcionamento: toda terça-feira, de 13h às 18h. Somente com encaminhamento de outra unidade.
Telefone: 3101 4348

Saiba mais

No último dia 11, O POVO Online mostrou que a região Jangurussu/Conjunto Palmeiras é a que mais contabiliza assassinatos em Fortaleza neste ano. Foram 50 de janeiro a junho, segundo relatório da SSPDS.

A Barra do Ceará registrou 38 ocorrências e ocupa o segundo lugar do ranking, composto ainda por Messejana (25), Mondubim (23) e Pirambu (22).
 
No primeiro semestre de 2012, 770 pessoas foram assassinadas
somente em Fortaleza. Média de seis por dia.

Em 6 de junho, O POVO publicou pesquisa da Universidade de São Paulo que indica 57% dos fortalezenses favoráveis à pena de morte (o maior índice do País).

O mesmo estudo reflete o medo de andar na rua de fortalezenses maior do que o de paulistanos e cariocas.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Prefeitura deve apresentar estudo - Cidade Impacto ambiental

 http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1163593

O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE), por intermédio da 1ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente e Planejamento Urbano da Capital, entrou com uma Ação Civil Pública Ambiental, com pedido de liminar contra o Município de Fortaleza, para que seja realizado e apresentado o Estudo de Impacto Ambiental e seu relatório, referente às obras realizadas às margens de um riacho afluente do Rio Cocó. O MP considera que os trabalhos foram causadores de danos ao meio ambiente, em virtude de desmatamento realizado no lugar.


As obras foram paralisadas na fase em que seria realizado serviço de drenagem, mas, no local, ainda existem funcionários e equipamentos FOTO: VIVIANE PINHEIRO
O local das intervenções, nas imediações da Avenida Rogaciano Leite, próximo à Câmara Municipal de Fortaleza, é considerado uma Área de Preservação Permanente (APP), onde está sendo construída a Avenida Walter Bezerra de Sá, que ligará as vias Rogaciano Leite e Jornalista César Magalhães, fazendo parte do Programa de Drenagem Urbana de Fortaleza (Drenurb).

Se dará a paralisação dos trabalhos, segundo o MP, até que seja apresentado pela Prefeitura de Fortaleza as devidas licenças ambientais, assim como o necessário Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respectivo relatório - Epia/Rima, de acordo com imposição prevista no artigo 2º, VII, da Resolução 01, de 23 de janeiro de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Em caso de não cumprimento das medidas, será imposto uma multa diária no valor de R$ 15 mil.

Na tarde de ontem, apenas seis funcionários estavam no local das obras que, segundo informações passadas por eles, se encontram na fase de drenagem.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (Seman) informou, por meio de nota, que só se pronunciará sobre o assunto após recebimento do ofício encaminhado pelo Ministério Público Estadual.

Comunidade reivindica área

1. Moradoras da comunidade Goiabeiras, no Grande Pirambu, reclamam que na esquina da rua Arabaiana com a avenida Senador Robert Kennedy existia uma área que os moradores cuidavam colocando plantinhas e aguando e que era bastante utilizada pelas crianças da região para brincar. Segundo elas, com o projeto Vila do Mar, a criançada ficou sem esse espaço verdinho que tanto utilizava para se divertir. Perguntam onde os filhos poderão brincar agora sem esse cantinho que tanto gostavam.

 http://www.opovo.com.br/app/colunas/opovonosbairros/2012/07/19/noticiasopovonosbairros,2881352/comunidade-reivindica-area.shtml

terça-feira, 24 de julho de 2012

Avaliação de Luizianne melhora, mas ainda é 2ª pior de sua administração


Percentual dos eleitores que consideram desempenho da gestão ruim ou péssimo caiu de 50% para 39%
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O percentual dos eleitores que consideram a administração da prefeita Luizianne Lins (PT) ruim ou péssima caiu desde a última pesquisa Datafolha, realizada em novembro de 2010. Agora, há 39% de eleitores que reprovam a administração municipal, contra 50% naquela oportunidade.
No entanto, a pesquisa O POVO/Datafolha revela que Luizianne ainda tem o segundo pior desempenho entre os levantamentos realizados ao longo dos seus dois mandatos.
Os números foram divulgados com exclusividade, na noite deste domingo, na TV O POVO.
A avaliação positiva oscilou negativamente. O percentual dos que consideram o trabalho da Prefeitura ´ptimo ou bom passou de 22% para 20%. Com isso, cresceu a avaliação regular, de 27% para 40%.
A nota média atribuída pela população de Fortaleza à prefeita teve ligeira melhora: passou de 4,4 para 4,7, em escala de zero a 10.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidos na pesquisa O POVO/Datafolha 831 eleitores de Fortaleza, nos dias 18 e 19 de julho. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o número CE-00004/2012.
Confira detalhes da pesquisa no O POVO desta segunda-feira

49% seguem Lula, mas 76% não votam com Luizianne

Pesquisa O POVO/Datafolha mostra o efeito positivo e o negativo causado pelos apoios de Lula, Dilma, Cid, Luizianne e Tasso Jereissati
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá definir a eleição a favor do candidato que apoiar em Fortaleza, segundo mostra pesquisa O POVO/Datafolha, a primeira consulta de intenções de voto após o início da campanha. O respaldo da prefeita Luizianne Lins (PT) também é capaz de decidir o pleito, mas contra aquele que tiver seu apoio.

O paradoxo, todavia, é que o mesmo candidato reúne o apoio tanto de um quanto de outra. Saber qual deles irá prevalecer poderá definir o rumo da candidatura de Elmano de Freitas (PT), talvez com efeito direto para o resultado da eleição.

Os números do Datafolha mostram que a força de Lula como cabo eleitoral é incomparável. Houve 49% de eleitores entrevistados que responderam que o apoio do ex-presidente os levaria a votar, com certeza, nesse candidato. Outros 18% admitiram a possibilidade de escolher em função do respaldo do líder petista. Entretanto, 32% disseram não votar no candidato de Lula.

Luizianne e Dilma
O impacto positivo do apoio de Luizianne é bem menor, segundo o Datafolha. Responderam que certamente votariam no candidato da prefeita 11% dos eleitores. Outros 13% disseram que talvez optassem pelo candidato em função da ligação com ela. Mas a maioria – 76% - afirmou não votar em quem estiver ao lado de Luizianne na disputa.

Outra apoiadora de Elmano, a presidente Dilma Rousseff (PT) divide opiniões. A maior parcela de eleitores ouvidos na pesquisa disse que não votaria em quem fosse apoiado por ela: 45%. Os que disseram que seguramente escolheriam o aquele que estivesse vinculado à presidente da República somam 28%, enquanto 26% admitem a hipótese de talvez aderir a essa candidatura.

O apoio do ex-presidente, da atual governante do País e da prefeita de Fortaleza são os principais trunfos de Elmano, que apareceu com 3% das intenções de voto na pesquisa O POVO/Datafolha. Foi o menor percentual entre os sete candidatos mais competitivos, embora tecnicamente empatados com Roberto Cláudio (PSB), que tem 5%, e com Marcos Cals (PSDB) e Renato Roseno (Psol), com 6%.

Apoio do governador
O apoio do governador Cid Gomes (PSB) a um candidato a prefeito de Fortaleza também divide opiniões. A maioria, 52%, respondeu que não votaria em quem recebesse o respaldo do chefe do Poder Executivo estadual. Os que responderam que certamente definiriam o voto em função da posição de Cid somam 22%. Outros 25% admitem a possibilidade de escolher o concorrente aliado ao governador.

A aliança com Cid é o principal trunfo de Roberto Cláudio (PSB), que aparece com 5% das intenções de voto na pesquisa.

Fator Tasso
Segundo os eleitores ouvidos pelo Datafolha, a presença do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) ao lado de um candidato a prefeito de Fortaleza tem mais impacto em afastar que em atrair adesão. Responderam que não votariam em quem recebesse o apoio dele 62% dos pesquisados.

Os percentuais tanto dos que disseram que com certeza escolheriam o postulante em função do apoio de Tasso quanto o dos que talvez se definissem com base nesse critério ficaram iguais: 19%.

Metodologia
O Datafolha ouviu 831 eleitores de Fortaleza nos dias 18 e 19 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o número CE-00004/2012.

Quem

ENTENDA A NOTÍCIA

Os apoios são determinantes para as candidaturas de Roberto Cláudio (PSB) e Elmano de Freitas (PT). Um pouco menos para a de Marcos Cals (PSDB). Os demais não estão atrelados a grandes apoiadores.

Multimídia

A pesquisa O POVO/Datafolha para as eleições municipais é o Tema do Dia na cobertura de hoje dos veículos do Grupo de Comunicação O POVO. Confira:

Para escutar: Na rádio O POVO/CBN (AM 1010), o tema será discutido no programa Grande Jornal, apresentado pelo jornalista Nonato Albuquerque, às 9 horas.

Para ver: Os números da pesquisa serão analisadas no programa Jogo Político, hoje, às 20h30min, na TV O POVO (canal 48 - UHF, 23 - Net, e 11 - TV Show). O jornalista Fábio Campos entrevistará o candidato Roberto Cláudio (PSB). Veja a reprise do programa na terça-feira, às 7 horas. O programa estará também na página da TV O POVO no Youtube. www.youtube.com/user/tvopovo
 
Para ler, navegar e opinar: acompanhe a repercussão entre os internautas na página do O POVO Online no facebook (www.facebook.com/OPOVOOnline), na página de política do portal O POVO Online (www.opovo.com.br/politica) e no blog Segunda Leitura (blog.opovo.com.br/segundaleitura)

Datafolha: 39% dos eleitores consideram gestão Luizianne ruim ou péssima

Datafolha: 39% dos eleitores consideram gestão Luizianne ruim ou péssima

Luizianne Lins (PT)
A pesquisa O POVO/Datafolha revela que 39% dos eleitores de Fortaleza consideram a gestão da prefeita Luizianne Lins ruim ou péssima. Outros 20% avaliam a administração da petista como boa ou ótima. O levantamento também mostra que 40% dos entrevistados consideram a gestão regular e que 1% não soube responder.
Avaliação de Luizianne Lins
  • Ótimo/Bom – 20%
  • Regular – 40%
  • Ruim/Péssimo – 39%
  • Não sabe – 1%
Nota
Os entrevistados também foram questionados sobre a nota que dariam a Luizianne Lins.“De zero a 10 que nota você dá para o desempenho da prefeita Luizianne Lins?”. O resultado registou uma nota média de 4.7 para a petista. Segundo o levantamento, 22% dos entrevistados deram nota Zero à prefeita e apenas 5% marcaram nota 10 a Luizianne.
Veja abaixo a relação entre notas e percentuais.  
  • 0 – 22%
  • 1- 3%
  • 2 – 4%
  • 3 – 4%
  • 4 – 5%
  • 5 – 18%
  • 6 – 10%
  • 7 – 14%
  • 8 – 11%
  • 9 – 4%
  • 10 – 5%
Ficha Técnica
O Datafolha ouviu 831 eleitores de Fortaleza nos dias 18 e 19 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o número CE-00004/2012

Só a AMC/Etufor que não flagra…




Aconteceu na tarde do último domingo. Esse rapaz irresponsavelmente “surfava” sobre um ônibus, em plena Avenida Bezerra de Menezes.
Só o pessoal da AMC/Etufor que não faz um flagrante desses.
(Foto – C. Ribeiro)

 http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/so-a-amcetufor-que-nao-flagra/

Ei, Motorista! Nada de jogar lixo na rua


O Grupo Saga fechou parceria com a rede de lava-jato Hand Car. A partir de agora, essa rede, que opera em supermercados e outros pontos de Fortaleza, vai  distribuir, entre seus clientes, sacos de lixo e tapetes básicos para os carros.
Segundo a assessoria de imprensa da Sage, o objetivo é incentivar os motoristas a não jogarem lixo nas ruas e avenidas. Há fortalezense com essa triste mania de, por exemplo, jogar latinhas de refrigerante ou saquinhos de biscoito na rua quando isso deveria ser evitado.
Eis a Saga cumprindo com o que se pode chamar de responsabilidade social.

Reforma da Praça do Náutico completa um ano hoje

Iniciada em 24 de julho de 2011, a entrega da praça Doutor Moreira Sousa já foi prorrogada três vezes. A obra, que teria duração de seis meses, tem novo prazo de entrega para meados de agosto
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FOTO: MAURI MELO
Andamento da obra encontrou dificuldades ao passar por duas paralisações e mudança de construtora. Frequentadores reclamam
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Moradores do bairro Meireles esperam há um ano por reforma aparentemente simples na praça Doutor Moreira Sousa. O local receberia novo piso, bancos e paisagismo. No entanto, o andamento da obra se complicou ao passar por duas paralisações e mudança de construtora. Os frequentadores do logradouro criticam o ritmo dos trabalhos e o descaso com os materiais de construção deixados no local.

Com previsão inicial de seis meses, a duração da obra foi prorrogada por mais 180 dias. O prazo, que terminaria hoje, foi modificado mais uma vez com a mudança de construtora. A primeira paralisação ocorreu por desacordo entre a Prefeitura de Fortaleza e a empresa responsável pela obra na época, que assentou um tipo de piso diferente do especificado no contrato.

O isolamento do local por tapumes acabou por atrair moradores de rua, causando nova interrupção da obra. Em março, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) encaminhou essas pessoas ao abrigo da Prefeitura. Os tapumes foram retirados. Mesmo assim, a reforma não foi retomada de imediato.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Executiva Regional (SER) II, a Prefeitura encerrou o contrato com a primeira construtora em 18 de abril. Em seguida, foi aberta nova licitação para a escolha de outra construtora. No início de junho, a empresa vencedora assumiu a obra, que, finalmente, foi retomada no último dia 27.

No entanto, quem passa pelo local ainda reclama do ritmo dos trabalhos. “A obra está devagar. São poucos funcionários que trabalham somente até o meio-dia”, reclama o mototaxista Roberto Soares, que trabalha há 13 anos na praça. De acordo com ele, essa reforma foi a primeira que viu ser feita na praça.

A psicóloga Arlene Soares, moradora do bairro, também reclama do serviço, que ainda está sem o novo piso. “Atrasa demais. É um horror. Só trabalham uma vez por semana”, denuncia a psicóloga. Quem passa pelo local precisa andar sobre a areia e desviar dos materiais de construção deixados ali.

Trabalhando há 15 anos na área, o mototaxista Francisco Marques reclama da sujeira acumulada. “Estão jogando o material de construção em cima do lixo”, critica. O POVO esteve na praça na manhã de ontem e somente funcionários de limpeza trabalhavam no lugar, retirando grande quantidade de lixo em meio ao material de construção.

De acordo com a assessoria de comunicação da SER II, a nova licitação foi feita devido ao atraso nos trabalhos da empresa que ganhou a primeira licitação. A assessoria informa que o departamento de infraestrutura aguarda reforma na instalação elétrica do local, já solicitada à Coelce, para que os trabalhos sejam normalizados e a praça seja entregue até a segunda quinzena de agosto.

ENTENDA A NOTÍCIA

A reforma da praça Doutor Moreira Sousa, no Meireles, teve início em 24 de julho de 2011. Com duração inicial de seis meses, a obra foi prorrogada por mais 180 dias. Após duas paralisações, a Prefeitura rescindiu contrato com a construtora responsável. O prazo para entrega é agosto.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Datafolha/O POVO – 39% do eleitorado reprova gestão Luizianne Lins



“O percentual dos eleitores que consideram a administração da prefeitaLuizianne Lins (PT) ruim ou péssima caiu desde a última pesquisa Datafolha, realizada em novembro de 2010. Agora, há 39% de eleitores que reprovam a administração municipal, contra 50% naquela oportunidade.
No entanto, a pesquisa O POVO/Datafolha revela que Luizianne ainda tem o segundo pior desempenho entre os levantamentos realizados ao longo dos seus dois mandatos.
Os números foram divulgados com exclusividade, na noite deste domingo, na TV O POVO.
A avaliação positiva oscilou negativamente. O percentual dos que consideram o trabalho da Prefeitura ótimo ou bom caiu de 22% para 20%. Com isso, cresceu a avaliação regular, de 27% para 40%.
A nota média atribuída pela população de Fortaleza à prefeita teve ligeira melhora: passou de 4,4 para 4,7, em escala de zero a 10.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidos na pesquisa O POVO/Datafolha 831 eleitores de Fortaleza, nos dias 18 e 19 de julho. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o número CE-00004/2012.
Confira detalhes da pesquisa no O POVO desta segunda-feira.
(O POVO Online)

Pesquisas....



Segundo a última pesquisa O POVO/Datafolha, 39% dos eleitores de Fortaleza consideram a gestão petista ruim ou péssima. Houve uma melhora em relação à última sondagem, feita em novembro de 2010, quando o mesmo instituto mostrava que 50% da população reprovava o desempenho da Prefeitura. Apesar da recuperação, o percentual de eleitores que atribuem conceito ruim ou péssimo ao governo municipal ainda é o segundo pior de todo o mandato de Luizianne.
Além disso, 76% dos eleitores entrevistados afirmaram que jamais votariam em um candidato que tivesse apoio da atual prefeita de Fortaleza, contra 11% que confiariam seu voto a um nome defendido por Luizianne.
(O POVO Online)

domingo, 22 de julho de 2012

Cidade Rua General Sampaio Reasfaltamento gera transtornos

Vassouras, espanadores, rodos, panos úmidos e mangueiras se transformaram em utensílios de primeira necessidade para proprietários e funcionários de lojas, restaurantes e lanchonetes da Rua General Sampaio, uma das vias mais movimentadas do Centro de Fortaleza.


Comerciantes molham o asfalto com a intenção de amenizar os efeitos da poeira ontem, dia de muito movimento no Centro da Capital Foto: Kid Júnior
O motivo para a situação atual na General Sampaio, sobretudo no trecho entre as ruas Senador Alencar e Castro e Silva, é a coloração de um novo asfalto ao longo da via. O trabalho foi iniciado na semana passada pela Prefeitura de Fortaleza e tem se arrastado, sem previsão de término em poucos dias.

O resultado da morosidade no reasfaltamento é uma intensa poeira, que invadiu os estabelecimentos comerciais, danificando eletrodomésticos e móveis, estragando refeições e, principalmente, espantando a clientela. Ontem, um dia de grande movimento no Centro da cidade, comerciantes molhavam o asfalto a todo instante na tentativa de minimizar os efeitos da poeirada.

"A Prefeitura inventou de colocar um novo asfalto na General Sampaio, aliás, sem necessidade alguma, e o serviço tem se arrastado. A poeirada tomou conta de tudo por aqui e o jeito é ficar molhando o asfalto o dia inteiro para reduzir os efeitos. Quando a Prefeitura vai colocar a nova camada de asfalto, só Deus sabe", reclamou o comerciante José Mário Siqueira.

De vassoura em punho, Geovani Florentino comandava, na manhã de ontem, um mutirão de limpeza na loja de eletrodomésticos em que trabalha como gerente. "Mas, isso é um paliativo. Essa poeira não tem fim e a Prefeitura nada faz para concluir logo esse reasfaltamento, por sinal, desnecessário", disse.

Proprietário de um pequeno restaurante e lanchonete na General Sampaio, Nilton César Mesquita sentenciou: "desde que começou esse serviço, os clientes sumiram". Ele aponta: "ninguém suporta tanta poeira e não há muito o que fazer, a não ser ficar limpando tudo o tempo todo. E esse negócio de ficar molhando o asfalto, ninguém merece". A poeirada também tem causado problemas de saúde para muita gente que trabalha na via ou é obrigado a circular por lá.

A reportagem tentou contato com a assessoria da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), mas, até o fechamento desta edição, o celular estava desligado.

FERNANDO BRITOREPÓRTER

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Servidores da saúde de Fortaleza paralisam atividades nesta segunda


http://g1.globo.com/ceara/noticia/2012/07/servidores-da-saude-de-fortaleza-paralisam-atividades-nesta-segunda.html

Concursados de nível médio e superior pararam atividades no IJF.
Categoria reivindica descumprimento de acordo da Prefeitura de Fortaleza



Do G1 CE
Servidores protestam contra falta de pagamento de gratificações na manhã desta segunda-feira (16). (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Servidores protestam contra falta de pagamento de
gratificações. (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Servidores municipais da saúde de nível médio e superior de Fortaleza paralisaram parcialmente as atividades a partir das 7h da manhã desta segunda-feira no Instituto Dr. José Frota (IJF). Segundo a categoria, a administração municipal não cumpriu pontos da campanha salarial fechados no mês de abril, entre eles a falta de pagamento do incentivo de plantão e da extensão da carga horária.
Segundo a direção do IJF, nenhum setor do hospital foi prejudicado com a paralisação e todas áreas estão funcionando normalmente. Depois da reunião entre a diretoria do hospital e representantes dos servidores, no fim da manhã, o hospital informou que na terça-feira (17) os servidores vão receber o pagamento relativo a maio e, em agosto, todo o remanescente.
Segundo o IJF, não foram pagos os incentivos com vencimentos em maio e junho, correspondentes às horas extras de substituições. O incentivo do mês de junho foi pago no dia 13 de julho. Ainda de acordo com o IJF, a Prefeitura de Fortaleza concedeu a extensão de carga horária de até 100% para os servidores que possuem apenas um teto de trabalho nas categorias de enfermeiros e de auxiliares de enfermagem. O hospital afirmou que alguns profissionais fizeram a extensão de carga horária e, ainda, horas extras e devem ser pagos em folha suplementar.