
Comerciantes molham o asfalto com a intenção de amenizar os efeitos da poeira ontem, dia de muito movimento no Centro da Capital Foto: Kid Júnior
O motivo para a situação atual na General Sampaio, sobretudo no trecho entre as ruas Senador Alencar e Castro e Silva, é a coloração de um novo asfalto ao longo da via. O trabalho foi iniciado na semana passada pela Prefeitura de Fortaleza e tem se arrastado, sem previsão de término em poucos dias.
O resultado da morosidade no reasfaltamento é uma intensa poeira, que invadiu os estabelecimentos comerciais, danificando eletrodomésticos e móveis, estragando refeições e, principalmente, espantando a clientela. Ontem, um dia de grande movimento no Centro da cidade, comerciantes molhavam o asfalto a todo instante na tentativa de minimizar os efeitos da poeirada.
"A Prefeitura inventou de colocar um novo asfalto na General Sampaio, aliás, sem necessidade alguma, e o serviço tem se arrastado. A poeirada tomou conta de tudo por aqui e o jeito é ficar molhando o asfalto o dia inteiro para reduzir os efeitos. Quando a Prefeitura vai colocar a nova camada de asfalto, só Deus sabe", reclamou o comerciante José Mário Siqueira.
De vassoura em punho, Geovani Florentino comandava, na manhã de ontem, um mutirão de limpeza na loja de eletrodomésticos em que trabalha como gerente. "Mas, isso é um paliativo. Essa poeira não tem fim e a Prefeitura nada faz para concluir logo esse reasfaltamento, por sinal, desnecessário", disse.
Proprietário de um pequeno restaurante e lanchonete na General Sampaio, Nilton César Mesquita sentenciou: "desde que começou esse serviço, os clientes sumiram". Ele aponta: "ninguém suporta tanta poeira e não há muito o que fazer, a não ser ficar limpando tudo o tempo todo. E esse negócio de ficar molhando o asfalto, ninguém merece". A poeirada também tem causado problemas de saúde para muita gente que trabalha na via ou é obrigado a circular por lá.
A reportagem tentou contato com a assessoria da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), mas, até o fechamento desta edição, o celular estava desligado.
FERNANDO BRITOREPÓRTER
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