terça-feira, 31 de julho de 2012

População reclama de problemas em unidade de saúde 27.02.2012



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Muitas pessoas foram ao local ontem, mas encontraram as portas fechadas
FOTO: PATRÍCIA RAPOSO
Falta de medicamentos, materiais e ausência de atendimento nos fins de semana estão entre as principais reclamações
A pé e com o filho de apenas 10 meses de idade no colo, a doméstica Fabíola Torres, 26, seguia, na manhã de ontem, ao Centro de Saúde Floresta, no bairro Álvaro Weyne. A unidade, apesar de não haver uma determinação da Prefeitura que obrigue a abertura de postos de saúde nos fins de semana, costumava prestar atendimento também nesses dias. No entanto, para frustração de Fabíola, ao chegar ao local, o posto se encontrava com as portas fechadas.

"Esse posto sempre funcionou aos domingos, não sabia que estaria fechado", lamentou a doméstica, que precisou sair à procura de um hospital para levar a criança, com quadro de gripe, febre, e diarreia.

A professora Sângela Soares, 33, e seu esposo, o guarda municipal Sérgio Ribeiro, 35, também estiveram, na mesma manhã, na unidade de saúde em busca de atendimento. Segundo Sângela, seu filho pequeno foi diagnosticado com broncopneumonia, no Hospital Infantil Luís França, de onde o casal recebeu a orientação para obterem o medicamento específico no Centro de Saúde Floresta. A professora afirma, ainda, que a médica do hospital informou que o posto estaria aberto, e que o casal poderia pegar o remédio. " Agora teremos que dar um jeito de comprar, já que ele precisa", disse.

A doméstica Maria Teixeira da Silva, 50, de passagem pelo local, afirmou que o posto não abre mais aos fins de semana há um certo tempo, mas ressaltou que este não é o principal problema. Segundo ela, a unidade está com carência de medicamentos e materiais básicos, como luvas e seringas. Informação esta compartilhada pela aposentada Venina de Abreu, 85, que afirmou estar há quase um mês sem a sua medicação para a diabetes. "É muito difícil conseguir esse remédio", lamentou. A dona de casa Geórgia Carneiro, 30, reside em frente ao centro de saúde, e informou que a iluminação da unidade está precária, favorecendo a ação de vândalos, e comprometendo a segurança dos moradores próximos: "À noite fica muita gente na calçada do posto fazendo o que não deve".

Sobre o atendimento nos postos, a Assessoria de Imprensa da Secretária Municipal de Saúde (SMS) informou que todas as unidades de atenção básica da capital funcionam em horário institucional, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, e que, além desse horário, e nos fins de semana, é caracterizado como 3º turno de atendimento, ficando sujeito à formação ou não de equipe extra de profissionais pela coordenação de cada posto.

A SMS ressaltou, ainda, que não é característica das unidades de atenção básica o atendimento a casos de urgência e emergência, devendo a população, nesses casos, procurarem os hospitais distritais, que funcionam 24 horas.

Irregularidades
A falta de médicos e medicamentos está entre as principais irregularidades apontadas pela Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), em recente visita a postos de saúde da Capital. O objetivo da comissão é analisar a realidade do atendimento público desses locais. Sobre a falta de iluminação na área externa do Centro de Saúde Floresta, a reportagem entrou em contato com a Secretaria Executiva Regional (SER) I, mas não obteve resposta.

RENATO BEZERRAESPECIAL PARA CIDADE

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