A princípio, nada justifica o fato de, na 4ª Capital do País, ainda
haver rincões de miséria onde se vive no meio da areia, sem pavimentação
e sem uma lâmpada sequer nas vias públicas. Recursos para esse tipo de
serviço não faltam, reconhece o Estado. Entretanto, em determinados
casos, a complexidade do problema não se resolve apenas com dinheiro,
argumenta Francisca Rocicleide Ferreira, a Rossi, titular da Secretaria
Executiva Regional (SER) II da Prefeitura de Fortaleza.
Segundo
a secretária, que também já coordenou as áreas das SER I e IV, um dos
fatores que explicam a existência desses bolsões são os processos de
construção desses territórios – as chamadas “invasões”.
Sem
poder pagar aluguel, algumas famílias se apropriam de terrenos sem
qualquer infraestrutura – alguns em áreas de risco ou de preservação
ambiental – para construírem suas casas, ainda que precariamente. E ali
vão vivendo, no improviso, em más condições urbanas.
Perguntada
sobre por que o poder público imediatamente não provém esses espaços de
serviços básicos – já que a população não pode ficar desassistida –,
Rocicleide explicou um dos entraves: o Estado não pode “legitimar”
ocupações irregulares. Fora isso, de acordo com ela, há situações em que
as características naturais do local não permitem todas as intervenções
urbanas necessárias.
“Às vezes a estrutura da via impede que
passe um caminhão de lixo, por exemplo, que é um veículo pesado. Então,
você precisaria pavimentar a rua. Mas, para isso, é preciso fazer
drenagem e saneamento antes, o que nem sempre é possível, dependendo do
tipo de terreno (como duna ou mangue)”, exemplificou a secretária.
Soluções
Diante
dos obstáculos, cabe o questionamento: estaríamos fadados a manter, em
Fortaleza, espaços de carência e total abandono? Para Rocicleide, “não
existe solução única e milagrosa para diferentes espaços. Entretanto, no
geral, a principal saída encontrada pelo poder público tem sido as
“políticas de requalificação social”, que incluem a transferência dessas
famílias para outros locais, a partir dos programas de habitação”.
A
secretária citou o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo
Federal, mas ponderou que, ainda assim, nem sempre é tão fácil resolver a
situação. “Não é só remover as famílias”, explicou.
A transferência, segundo Rossi, requer espaços com características semelhantes ao lugar de origem dos moradores, de preferência em bairro próximo, com estrutura adequada para recebê-los
A princípio, nada justifica o fato de, na 4ª Capital do País, ainda
haver rincões de miséria onde se vive no meio da areia, sem pavimentação
e sem uma lâmpada sequer nas vias públicas. Recursos para esse tipo de
serviço não faltam, reconhece o Estado. Entretanto, em determinados
casos, a complexidade do problema não se resolve apenas com dinheiro,
argumenta Francisca Rocicleide Ferreira, a Rossi, titular da Secretaria
Executiva Regional (SER) II da Prefeitura de Fortaleza.
Segundo
a secretária, que também já coordenou as áreas das SER I e IV, um dos
fatores que explicam a existência desses bolsões são os processos de
construção desses territórios – as chamadas “invasões”.
Sem
poder pagar aluguel, algumas famílias se apropriam de terrenos sem
qualquer infraestrutura – alguns em áreas de risco ou de preservação
ambiental – para construírem suas casas, ainda que precariamente. E ali
vão vivendo, no improviso, em más condições urbanas.
Perguntada
sobre por que o poder público imediatamente não provém esses espaços de
serviços básicos – já que a população não pode ficar desassistida –,
Rocicleide explicou um dos entraves: o Estado não pode “legitimar”
ocupações irregulares. Fora isso, de acordo com ela, há situações em que
as características naturais do local não permitem todas as intervenções
urbanas necessárias.
“Às vezes a estrutura da via impede que
passe um caminhão de lixo, por exemplo, que é um veículo pesado. Então,
você precisaria pavimentar a rua. Mas, para isso, é preciso fazer
drenagem e saneamento antes, o que nem sempre é possível, dependendo do
tipo de terreno (como duna ou mangue)”, exemplificou a secretária.
Soluções
Diante
dos obstáculos, cabe o questionamento: estaríamos fadados a manter, em
Fortaleza, espaços de carência e total abandono? Para Rocicleide, “não
existe solução única e milagrosa para diferentes espaços. Entretanto, no
geral, a principal saída encontrada pelo poder público tem sido as
“políticas de requalificação social”, que incluem a transferência dessas
famílias para outros locais, a partir dos programas de habitação”.
A
secretária citou o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo
Federal, mas ponderou que, ainda assim, nem sempre é tão fácil resolver a
situação. “Não é só remover as famílias”, explicou.
A transferência, segundo Rossi, requer espaços com características semelhantes ao lugar de origem dos moradores, de preferência em bairro próximo, com estrutura adequada para recebê-los

The problem is not lack of money
ResponderExcluirApart from the shortage of funds, the Government tries to explain why it is so difficult to solve the problem
At first, nothing justifies the fact that, in the 4th Capital of the country, there are still corners of misery where you live in the sand, unpaved and without a light even on public roads. Resources for this type of service abound, recognizes the state. However, in certain cases, the complexity of the problem is not solved by money, argues Rocicleide Francisca Ferreira, Rossi, head of the Regional Secretariat (SER) of the Municipality of Fortaleza II.
According to the secretary, who has also coordinated the areas of BE I and IV, one of the factors that explain the existence of these pockets are the construction processes of these territories - the so-called "invasions".
Unable to pay rent, some families take ownership of land without any infrastructure - some in areas of risk or environmental preservation - to build their homes, albeit precariously. And there are going to live in improvisation, in poor urban conditions.
Asked why the government does not come immediately these areas of basic services - as the people can not stand unassisted - Rocicleide explained one of the barriers: the state can not "legitimize" illegal occupations. Other than that, according to her, there are situations where the natural features of the site does not allow all necessary urban interventions.
"Sometimes the structure of the track prevents passing a garbage truck, for example, which is a truck. So you need to pave the street. But for that you need to do before drainage and sanitation, which is not always possible, depending on the type of terrain (such as dune or mangrove), "exemplified the desk.
Solutions
ResponderExcluirGiven the obstacles, it is the question, we would be doomed to stay in Fortaleza, areas of deprivation and total abandonment? To Rocicleide, "there is no single solution for different spaces and miraculous. However, in general, the main solution found by the public sector has been the "social rehabilitation policies", including the transfer of these families to other places, from housing programs. "
The secretary cited the program "My House, My Life," the federal government, but argued that, nevertheless, is not always so easy to resolve the situation. "It's not just remove the families," he said.
The transfer, according to Rossi, requires spaces with similar characteristics to the place of origin of residents, preferably in a nearby neighborhood, with adequate infrastructure to receive them