terça-feira, 7 de agosto de 2012

Buraco aberto há cinco meses é de conhecimento da prefeitura, porém problema não é solucionado

O buraco, que tem cerca de 2,5 metros de largura, está dificultando a vida de motoristas e dos moradores da Rua Joaquim Alfredo. Moradores procuraram a SER V, mas não conseguiram resolver o problema FOTO: HELENE SANTOS

Há mais de cinco meses, um buraco de cerca de 2,5 metros de largura está dificultando a vida dos moradores da Rua Joaquim Alfredo, no bairro Novo Mondubim, área da Secretaria Executiva Regional V. Ocupando metade de um trecho da rua, o buraco é resultado de uma laje cedida, feita pela comunidade para tampar a galeria de um canal subterrâneo que passa pela rua.
Segundo os moradores, o calçamento da rua foi feito por cima da camada de cimento da laje, sem estrutura de sustentação adequada. Além de largo, o buraco é profundo e possui várias pontas de ferro e pedaços de laje quebrados, deixando aberto o canal por onde corre uma água suja e com mau cheiro.
Residente no bairro há mais de 30 anos, a autônoma Fátima Xavier, 47 anos, lamenta os problemas causados pelo buraco. Segundo ela, uma das moradoras cuja casa fica de frente para o buraco, vendia churrasco à noite, mas teve de fechar a banca devido ao odor de esgoto. “Já caiu um motoqueiro e um ciclista dentro do buraco, foi o maior sufoco para tirar eles de lá”, relata a moradora.

O maior incômodo, de acordo com Fátima Xavier, é o odor de esgoto liberado pelo buraco. Além disso, a população reclama do aparecimento de muriçocas, ratos e baratas nas casas da rua. “Ninguém aguenta ficar sentado na calçada por causa do cheiro forte de esgoto”, conta.
Há cerca de três meses, a moradora Maria da Silva Moura, 35, autônoma, foi até a Regional V para denunciar o problema. Ela recebeu a informação de que um processo sobre a questão já havia sido aberto e estava em análise. “Depois de um tempo, a gente viu que ninguém resolvia e voltamos lá, quando nos disseram que a obra iria ter alto custo financeiro e, por isso, é provável que não seja feita nessa gestão”, esclareceu Maria. Além dela, outros moradores denunciaram o problema na Regional e até receberam promessas de que os técnicos fariam visitas no local, mas o problema persiste.
Maria da Silva tem um filho de 4 anos, mas tem medo de deixá-lo brincar na rua devido ao risco oferecido pelo buraco. “Se ele cair lá, vai se machucar todo por causa das pontas de ferro, sem falar na profundidade do buraco”, relata Maria. O filho dela carrega no rosto as marcas deixadas no rosto pelas muriçocas. “A gente quase não consegue dormir à noite com tanto mosquito”, afirma.
Pedaços de pau foram colocados pela população em volta do buraco para alertar os transeuntes e evitar acidentes. O caminhão do lixo não percorre toda a rua, tendo que fazer o contorno para chegar até o outro lado, devido ao risco de a laje ceder ainda mais.
Além do buraco, os moradores da Rua Joaquim Alfredo enfrentam outras dificuldades. Segunda Fátima Xavier, o trecho em que mora, situado entre a Rua São Raimundo e a Travessa Silvino, é o único ainda não asfaltado. A rua também não possui boca de lobo, o que causa alagamento em períodos chuvosos. “Nós já reclamamos várias vezes na Regional e eles dizem que a prioridade são as ruas em que circulam ônibus, mas a nossa situação está muito ruim”, reclama Maria da Silva.
A reportagem tentou falar com a assessoria da Secretaria Executiva Regional V, mas não conseguiu contato até o fim desta edição.
Fonte: jornal Diário do Nordeste

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