Fortaleza tem o 3º maior número de analfabetos do País

“Fortaleza é a terceira cidade do Brasil em quantidade de analfabetos: são 130 mil pessoas com mais de 15 anos que não sabem ler ou escrever, o que representa 6,85% da população. Em números relativos, a capital cearense ocupa a sétima posição no ranking nacional e a sexta colocação no Nordeste.  Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), que elaborou o documento “Perfil Municipal de Fortaleza – Tema V: Aspectos Educacionais”.
A faixa etária com o maior volume de analfabetos é a das pessoas com 65 anos ou mais (21,5%). Em seguida, vem o grupo de crianças de sete a dez anos, com 11,85% de taxa de analfabetismo. “Com as crianças alfabetizadas, a taxa de analfabetismo tenderia a reduzir com a morte das pessoas de idade mais avançada”, reflete o professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC), André Haguette.
Para ele, é preciso melhorar a qualidade do ensino, agora que a universalização da educação foi praticamente alcançada. “O Brasil tem tentado eliminar o analfabetismo. O problema é que a qualidade da educação melhora lentamente. Estamos produzindo analfabetos escolarizados ”, avalia. Entre 2000 e 2010, o número de analfabetos em Fortaleza diminuiu em 24 mil pessoas. “Apesar de termos uma redução importante no analfabetismo, o que preocupa é que ela foi insuficiente para que a gente saia dessa situação desconfortável. Entre as grandes capitais, só estamos melhor do que Recife”, afirma o diretor-geral do Ipece, Flávio Ataliba.
Escolaridade
Em relação à escolaridade, a maior parte dos fortalezenses (com mais de 24 anos) não possui instrução ou tem ensino fundamental incompleto: são 543.390 pessoas (36,89%) com esse perfil. O restante da população fica dividida da seguinte maneira: fundamental completo ou médio incompleto, com 16,28%; médio completo ou superior incompleto, com 32,93%; e superior completo, com 13,55%.
Houve queda da população em idade escolar (de quatro a 17 anos) que frequenta o colégio entre 2000 e 2010: passou de 542.873 para 512.133 (92,54%). Desse total, 39,06% estão na rede privada e 60,94%, na pública. O número de matriculados nas públicas também caiu no período: de 338 mil para 312 mil alunos. Na avaliação de Flávio Ataliba, o cenário pode apontar para troca da escola pública pela particular, “incentivado pelo aumento de renda”.”
(O POVO)


 "Fortress is the third city in Brazil in number of illiterates: are 130 000 people over 15 who can not read or write, which represents 6.85% of the population. In figures, the capital of Ceará occupies the seventh position in the national ranking and sixth place in the Northeast. The figures were disclosed yesterday by the Institute for Research and Economic Strategy of Ceará (IPECE), who prepared the document "Municipal Profile Fortaleza - Theme V: Educational Aspects".The age group with the largest amount of illiterate people is aged 65 or over (21.5%). Then comes the group of children aged seven to ten years, with 11.85% rate of illiteracy. "With the children taught, the illiteracy rate would tend to reduce with the death of people in older age," reflects Professor, Department of Social Sciences at the Universidade Federal do Ceará (UFC), André Haguette.For him, it is necessary to improve the quality of education, now that the universalization of education was practically achieved. "Brazil has tried to eliminate illiteracy. The problem is that the quality of education improves slowly. We are producing educated illiterates "he says. Between 2000 and 2010, the number of illiterates in Fortaleza decreased by 24 thousand people. "Although we have a substantial reduction in illiteracy, the concern is that it was insufficient for us to leave this uncomfortable situation. Among the major capitals, we're just better than Recife, "said the director general of IPECE, Flávio Ataliba.SchoolingRegarding education, most fortalezenses (over 24 years) has no education or elementary education is: are 543,390 people (36.89%) with this profile. The remaining population is divided as follows: complete primary or incomplete secondary, with 16.28%; complete or incomplete higher average, with 32.93%, and graduate with 13.55%.There was a decrease in the population of school age (four to 17 years) who attended the school between 2000 and 2010 increased from 542,873 to 512,133 (92.54%). Of this total, 39.06% are in private schools and 60.94%, in public. The number of students enrolled in public also fell over the period: from 338 thousand to 312 thousand students. In evaluating Flávio Ataliba, the scenario can point to exchange the particular public school, "encouraged by the increase in income." "(PEOPLE)

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