Falta de rampas e de elevadores, além do desnível de calçadas, são alguns dos problemas apontados por usuários dos terminais de ônibus em Fortaleza. FOTO: EDIMAR SOARES
Os terminais de ônibus de Fortaleza não apresentam estrutura adequada ao acesso de pedestres. Os usuários apontam diversos obstáculos na entrada e na saída, como a altura e o desnível de calçadas e a ausência de rampas, faixas de pedestres e semáforos. O POVO visitou os terminais da Parangaba e do Lagoa. No primeiro, não foi difícil listar os problemas de acessibilidade. No segundo, apesar de menos problemática, a estrutura ainda desagrada em alguns pontos. O Terminal da Parangaba conta com dois acessos para pedestres, um pela avenida Dedé Brasil e outro pela rua Eduardo Perdigão, mas somente a segunda entrada tem portão para pedestres. Na Dedé Brasil, a entrada é só pela catraca. Ambos os lados não contam com rampas e as calçadas são altas. “Lá do outro lado até tem entrada para cadeirante, mas não tem rampa”, conta o mototaxista Fernando Moreira. Segundo ele, os cadeirantes sempre precisam de ajuda para entrar no terminal.
Para Moreira, a altura e o desnível das calçadas atrapalham até mesmo quem não tem problema de locomoção. “Já vi várias vezes pessoas topando com o degrau alto”, diz.

Como a avenida Dedé Brasil e a rua Eduardo Girão não contam com semáforo próximo aos acessos, os pedestres precisam se arriscar em meio ao fluxo de ônibus e carros para chegar às bilheterias. A professora Beatriz Petrila teve que correr com a filha de sete meses nos braços para atravessar a rua e entrar no terminal. “É horrível. Tive que chamar a atenção dos motoristas para poder passar. Os ônibus não dão chance para a gente”, reclamava.
Já o Terminal da Lagoa conta com apenas uma entrada, na avenida Augusto dos Anjos. No local, existem duas rampas, uma ligando a pista à calçada e outra ligando a calçada à bilheteria. Os pedestres que vêm de outros pontos precisam dar a volta no quarteirão para acessar o terminal. Em muitos casos, pedestres saem do terminal pelos acessos de ônibus para ganhar tempo, mesmo com os avisos de proibição.
Fonte: jornal O Povo (Reportagem Aline Moura)

 The bus terminals of Fortaleza not have adequate infrastructure to pedestrian access. Users point many obstacles in entering and leaving, as the height and slope of sidewalks and lack of ramps, crosswalks and traffic lights. PEOPLE visited terminals Parangaba and Lagoa. At first, it was not difficult to list the accessibility problems. In the second, although less problematic, structure displeasing even in spots.
The Terminal Parangaba has two pedestrian accesses, an avenue by Dede Brazil and the other by Eduardo Perdigão street, but only the second entry has pedestrian gate. Dede In Brazil, the only entry is through the turnstile. Both sides do not have ramps and sidewalks are high. "There's another side to have entry for wheelchair but no ramp," says Fernando Moreira mototaxista. He said the wheelchair always need help to enter the terminal.
To Moreira, height and slope of sidewalks hinder even those who have no problem in walking. "I've seen many times people running into the top rung," he says.
As the avenue and street Dede Brazil Eduardo Girão not have access to the next traffic light, pedestrians need to risk amid the flow of buses and cars to get to the box office. Professor Beatriz Petrila had to run with her daughter in her arms seven months to cross the street and enter the terminal. "It's horrible. I had to draw the attention of drivers in order to pass. The buses do not give chance for us, "complained.
Since the Terminal Lake has only one entrance on Avenida Augusto dos Anjos. On site, there are two ramps, one connecting the runway to the sidewalk and another connecting the sidewalk to the box office. Pedestrians who come from other points need to go around the block to access the terminal. In many cases, pedestrians leaving the terminal by bus accesses to gain time, even with prohibition notices.
Source: The People newspaper (Reporting Aline Moura