Para reduzir os engarrafamentos, usuários de transporte público avaliam como fundamental a construção de avenidas e túneis e a melhoria da qualidade dos ônibus. Prefeitura promete obras e analisa a situação dos coletivos como de "boa pra lá"
A mesma pesquisa O POVO/Datafolha
colheu dos participantes a opinião deles quanto à melhor forma de
combater os congestionamentos em Fortaleza. O segundo maior percentual
de resposta coloca em xeque o transporte público da Capital. 31%
reivindicaram melhorias na qualidade dos ônibus.
Com 43%, o item “construção de mais avenidas e túneis” ocupou o topo do ranking. (Confira o percentual dos cinco itens no quadro acima).
Também presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondim diz que a idade média da frota está abaixo de quatro anos. Admite, porém, que a velocidade das viagens precisa acelerar.
Ele lista conquistas dos últimos anos, como a manutenção da tarifa como a menor do Brasil para sistemas integrados, a tarifa social aos domingos, a hora social durante a semana (de 9h às 10h e de 15h às 16h), a meia ilimitada, a integração temporal e os terminais. “Você tem que manter tarifa com a qualidade do serviço. Não adianta colocar serviço de altíssimo nível se a população não puder pagar. Diante das condições que temos, avalio nosso transporte como de bom pra lá”, diz.
Mesmo fazendo o prognóstico de não conseguir executar obras no mesmo passo do crescimento da frota, a Prefeitura fala em projetos com foco no transporte público. 75% dos entrevistados pelo DataFolha indicaram usar ônibus com frequência.
De acordo com o coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, 170 quilômetros de vias foram melhorados na Capital desde 2008. E outros 170 serão nos próximos 36 meses. Ele fala em reforma nos terminais do Siqueira e da Parangaba e alargamento de avenidas. O investimento será de R$ 378 milhões no período.
A extensão das ciclovias chegará a 95 quilômetros. “Vamos ter migração paulatina, mas crescente, para o transporte público da população que hoje não usa o transporte público por uma série de motivos. Vamos oferecer mais conforto, segurança e pontualidade”.
Até a Copa 2014, Lustosa promete cinco túneis (quatro na Via Expressa e um ao lado do Castelão) e três viadutos (Raul Barbosa com Murilo Borges, Dedé Brasil com Germano Frank e Dedé Brasil com Osório de Paiva). “Temos um milhão de passageiros por dia. Se 0,1% ficar insatisfeito, serão 30 mil no mês. Se você perguntar, a pessoa só lembra do dia em que foi mal atendida. A memória é sempre para o dia ruim”, acrescenta Ademar Gondim.
Alerta
Em ano de eleição, é preciso ficar atento para soluções mágicas de problemas crônicos como os de mobilidade. O cientista político Francisco Moreira critica a gestão da prefeita Luizianne Lins (PT) por ter demorado a tomar decisões de melhoria no setor. Contudo, pondera: “não se pode dizer que ela não deu contribuição para piorar, porque está há quase oito anos no poder. Mas também não posso aceitar isso como algo brotado na administração dela. São questões estruturais de longo prazo”.
Ao lado da saúde e da segurança, ele acredita que o tema trânsito encabeçará os debates políticos deste ano. “Todo mundo vai ter uma solução que parece uma coisa mágica. E não vai ser assim! Ninguém tem a solução no bolso do colete. E outra: não é só o que vai fazer, mas com que recurso vai fazer”, frisa. E conclui: “o que marcou a gestão foi a falta de cuidado com a cidade. E esse é um grande drama que ela (Luizianne) vai viver (ao tentar eleger Elmano de Freitas seu sucessor)”. (BC)
ENTENDA A NOTÍCIA
Especialistas dizem que atual modelo de transporte público não oferece vantagens para quem tem veículo privado deixar o carro em casa. Integração de modais e mais agilidade nas viagens fomentaria essa migração.
Com 43%, o item “construção de mais avenidas e túneis” ocupou o topo do ranking. (Confira o percentual dos cinco itens no quadro acima).
Também presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondim diz que a idade média da frota está abaixo de quatro anos. Admite, porém, que a velocidade das viagens precisa acelerar.
Ele lista conquistas dos últimos anos, como a manutenção da tarifa como a menor do Brasil para sistemas integrados, a tarifa social aos domingos, a hora social durante a semana (de 9h às 10h e de 15h às 16h), a meia ilimitada, a integração temporal e os terminais. “Você tem que manter tarifa com a qualidade do serviço. Não adianta colocar serviço de altíssimo nível se a população não puder pagar. Diante das condições que temos, avalio nosso transporte como de bom pra lá”, diz.
Mesmo fazendo o prognóstico de não conseguir executar obras no mesmo passo do crescimento da frota, a Prefeitura fala em projetos com foco no transporte público. 75% dos entrevistados pelo DataFolha indicaram usar ônibus com frequência.
De acordo com o coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, 170 quilômetros de vias foram melhorados na Capital desde 2008. E outros 170 serão nos próximos 36 meses. Ele fala em reforma nos terminais do Siqueira e da Parangaba e alargamento de avenidas. O investimento será de R$ 378 milhões no período.
A extensão das ciclovias chegará a 95 quilômetros. “Vamos ter migração paulatina, mas crescente, para o transporte público da população que hoje não usa o transporte público por uma série de motivos. Vamos oferecer mais conforto, segurança e pontualidade”.
Até a Copa 2014, Lustosa promete cinco túneis (quatro na Via Expressa e um ao lado do Castelão) e três viadutos (Raul Barbosa com Murilo Borges, Dedé Brasil com Germano Frank e Dedé Brasil com Osório de Paiva). “Temos um milhão de passageiros por dia. Se 0,1% ficar insatisfeito, serão 30 mil no mês. Se você perguntar, a pessoa só lembra do dia em que foi mal atendida. A memória é sempre para o dia ruim”, acrescenta Ademar Gondim.
Alerta
Em ano de eleição, é preciso ficar atento para soluções mágicas de problemas crônicos como os de mobilidade. O cientista político Francisco Moreira critica a gestão da prefeita Luizianne Lins (PT) por ter demorado a tomar decisões de melhoria no setor. Contudo, pondera: “não se pode dizer que ela não deu contribuição para piorar, porque está há quase oito anos no poder. Mas também não posso aceitar isso como algo brotado na administração dela. São questões estruturais de longo prazo”.
Ao lado da saúde e da segurança, ele acredita que o tema trânsito encabeçará os debates políticos deste ano. “Todo mundo vai ter uma solução que parece uma coisa mágica. E não vai ser assim! Ninguém tem a solução no bolso do colete. E outra: não é só o que vai fazer, mas com que recurso vai fazer”, frisa. E conclui: “o que marcou a gestão foi a falta de cuidado com a cidade. E esse é um grande drama que ela (Luizianne) vai viver (ao tentar eleger Elmano de Freitas seu sucessor)”. (BC)
ENTENDA A NOTÍCIA
Especialistas dizem que atual modelo de transporte público não oferece vantagens para quem tem veículo privado deixar o carro em casa. Integração de modais e mais agilidade nas viagens fomentaria essa migração.

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