sábado, 28 de abril de 2012

Falta de estrutura e caos nos Frotinhas da Parangaba e Messejana é tema de Audiência Pública-14:06 de 23/04/2012

Pacientes aguardam mais de 4h por atendimento. Segundo funcionário, na manhã de ontem, só dois médicos atuavam no Frotinha da Parangaba FOTO: MARÍLIA CAMELOO Ministério Público do Estado do Ceará (MPE-CE), por meio da promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Isabel Porto, realiza, na manhã de hoje, uma audiência para discutir as condições de funcionamento dos Hospitais Distritais Maria José Barroso de Oliveira (Frotinha da Parangaba) e Edmílson Barros de Oliveira (Frotinha de Messejana). A audiência de caráter emergencial acontece no Plenário dos Órgãos Colegiados da Procuradoria Geral de Justiça do Estado, no bairro José Bonifácio.
Na oportunidade, serão discutidos assuntos, como a superlotação das unidades, estrutura física, situação de atendimento e recursos humanos, equipamentos, materiais de expediente e de uso permanente. O diretor do Frotinha da Parangaba Messias Simões, vê a reunião como uma boa iniciativa para tratar dos atuais problemas das duas unidades de saúde. “Será importantíssima a realização dessa reunião. Tenho a certeza de que muitas adversidades serão resolvidas”, disse o médico.
Problemas
A reportagem esteve presente, na manhã de ontem, no Frotinha da Parangaba e constatou a falta de infraestrutura para atender a população enferma. A costureira Marciana Mendes Damasco, 26, estava desde a noite de sábado esperando notícias do seu avô Francisco Tomé, de 91 anos, que havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com Marciana Mendes, o atendimento até que foi rápido, contudo, os médicos demoram bastante para dizer em que situação o paciente se encontrava. “A última notícia que tive dele foi pela madrugada. Aqui, se nós não formos atrás, fazer um trabalho investigativo, não conseguimos sequer uma notícia de um parente internado. É muito difícil“, falou.

Um funcionário do Frotinha da Parangaba que não quis se identificar afirma que no momento trabalhavam na unidade apenas dois médicos. Um responsável para atender na emergência e casos mais simples e outro especialista exclusivo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Normalmente, sempre é assim. As pessoas nunca deixam de reclamar e exigem melhorias urgentes na unidade. Ainda bem que, neste momento, está tudo calmo. O ruim é quando o hospital está lotado”, confidenciou o funcionário.
A dona de casa Janaína Cavalcanti dos Santos, 43 anos, foi do Conjunto Ceará ao Frotinha, queixando-se de vômitos, dor de cabeça e no corpo, febre e desmaios. Ela chegou no hospital às 6h, e até às 10h ainda não tinha sido atendida.
Acho isso um desrespeito com o cidadão. Temos direito à saúde. Cheguei cedo para ser atendida logo, mas até agora nenhum profissional da saúde veio falar comigo ou pelo menos perguntar o que eu sentia”, desabafou a dona de casa.
Fonte: jornal Diário do Nordeste (Reportagem Gioras Xerez)

Médicos, em Posto de Saúde da Capital, prescrevem receituário em papel borrão-12:48 de 24/04/2012

Após esperar 6h por atendimento, Márcia Castelo foi surpreendida ao receber prescrição de medicamentos em um papel reutilizado FOTO: VIVIANE PINHEIRO
Grande demanda, ausência de remédios e agora os médicos têm de conviver com a ausência de receituários, sendo obrigados a prescrever os medicamentos em papéis de borrão. Essa realidade foi presenciada pela dona de casa Márcia Castelo, no último dia 18 de abril, no Centro de Saúde César Cals Oliveira, na Aerolândia. Em uma consulta com a ginecologista, ela se deparou com uma receita em um pedaço de papel reutilizado e se sentiu constrangida. Márcia conta que, como de costume, chegou ao posto de saúde às 4h da manhã para não perder a senha que garante a consulta. Contudo, somente às 10h foi atendida. Segundo ela, a demora já era esperada, mas, no término do atendimento, o que a impressionou foi ver a médica utilizando um borrão como receituário. Além disso, a pomada Fluconazol prescrita não estava disponível na unidade.

“É um absurdo receber receituário feito em um papel de borrão dobrado em quatro pedaços. Isso é um desrespeito com a população e também para os médicos, que precisam se submeter a essas péssimas condições de trabalho em Fortaleza”, desabafa.
Reclamações
Conforme José Maria Pontes, presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), a falta de papel timbrado para receituários não é novidade. Segundo ele, a carência em alguns postos de saúde é tão grande que a falta de papel para prescrever medicamentos se tornou algo rotineiro. Ele destaca que essa é uma reclamação feita há anos por médicos da Capital e repassada para a Secretaria Municipal de Saúde.
“Os profissionais reclamam e repassamos para o órgão responsável, mas eles não resolvem o problema. Diante disso, os médicos precisam se submeter a fazer a prescrição em qualquer papel”. Ele explica que o receituário deve ter carimbos com o nome e CRM do profissional e endereço e nome do centro de saúde.
Para o secretário geral do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), Lino Antônio Cavalcanti Holanda, apesar da prática não ser ilegal, apenas em casos de medicamentos que não são controlados, a situação é constrangedora para o médico e paciente. Segundo ele, a alternativa do Cremec é encaminhar a denúncia para a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública do Ministério Público Estadual.
“Se pudéssemos impedir que os médicos trabalhassem em estabelecimentos como esses, faríamos. Mas, como não podemos, o jeito é apelar para que o Ministério Público resolva juntamente com a Secretaria de Saúde o problema com urgência”.
A Secretaria Executiva Regional (SER) VI informa que a falta de receituários no Centro de Saúde da Família César Cals de Oliveira já foi resolvido e o material para prescrição de receita simples e azul já se encontra à disposição. Conforme o órgão, a coordenação do posto explicou que a utilização de borrão foi apenas um paliativo para não prejudicar o atendimento da paciente, evitando que ela saísse do consultório sem a receita médica.
A Secretaria afirma que a pomada Fluconazol prescrita para a dona de casa não faz parte da lista dos 153 medicamentos ofertados pela rede de atenção básica. O remédio é oferecido em comprimido, basta o posto fazer a solicitação ao órgão. Sobre a falta de receituários em outras unidades, o órgão diz não ter recebido nenhuma demanda.
Fonte: jornal Diário do Nordeste (Reportagem Karla Camila)

1.200 crianças são prejudicadas por falta de remédio nas unidades de Saúde-9:28 de 25/04/2012

Sem o medicamento, aumenta o número de crianças com crises asmáticas e precisando de leitos nos hospitais, afirma médica FOTO: MARÍLIA CAMELO
Respiração ofegante, peito pesado, noites mal dormidas e muitas idas e vindas ao hospital. Essa tem sido a rotina da pequena Nívia Oliveira, 4. Ela está há mais de três meses sem tomar o beclometasona aerossol, medicamento da conhecida “bombinha”, que diminui as crises de asma, evitando atendimentos de emergência e até internações. Nívia é uma das 1.200 crianças que sofrem com a falta do remédio, segundo a médica que lida diariamente com asmáticos, Alexssandra Maia. O remédio está em falta nos postos de saúde da Capital, nos hospitais Albert Sabin e do Coração e até nas prateleiras das farmácias de Fortaleza. “Minha filha já foi internada várias vezes e não passa mais um dia sem ter uma crise. Era para ela tomar diariamente o remédio. Estou sofrendo muito por ver a Nívia doente”, destaca Márcia Barros, garçonete e mãe da menina.

Conforme Alexssandra Maia, essa medicação era antes distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o Programa de Atenção Integral à Criança com Asma (Proaica) no Ceará. “No momento, existe um total desabastecimento, e cerca de 1.200 crianças estão sofrendo muito sem beclometasona”, conta médica pneumopediatra .
Para a profissional, a falta da medicação tem repercutido, inclusive, nas rotinas hospitalares. Segundo ela, já é notório o aumento de crianças com crises e precisando de leitos nas unidades do município e do Estado. “Com as chuvas, os pequenos acabam adoecendo mais e ficando mais vulneráveis”, explica.
Conforme a médica pneumopediatra, a Promotoria de Justiça de Saúde já está ciente do caso, já foram enviados ofícios informando a gravidade da situação. Alexssandra Maia diz que o laboratório farmacêutico foi procurado para informar os motivos do desabastecimento.
“Até agora, ninguém conseguiu explicar o motivo real. Só sei que houve um problema com o gás que produz o remédio e tiveram que tirar o estoque, mas não repuseram ainda. Tem que agilizar isso”, afirma a médica.
O Ministério da Saúde informa não ter tido conhecimento ainda do total desabastecimento no Ceará, mas reforça que a compra e a distribuição deste medicamento é de total responsabilidade do Estado e do município.
“O beclometasona aerossol oral faz parte do chamado componente básico da assistência farmacêutica. Os municípios e Estados têm autonomia para disponibilizá-los conforme a demanda da população. O Ministério publica, a cada dois anos, uma Relação Nacional de Medicamentos. A partir dela, cada município faz sua própria lista“, detalha.
Solicitação
A Célula de Assistência Farmacêutica (Celaf), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informa que o medicamento já foi solicitado para compra, o processo encontra-se em fase de conclusão. “Finalizado o pregão nº 6, o medicamento será entregue o mais rápido possível pela empresa vencedora, normalizando a sua distribuição”, detalha.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) avisa que estava tentando garantir a compra de algumas doses para os hospitais, mas aguarda regularização da situação por parte da SMS.
Fonte: jornal Diário do Nordeste (Reportagem Ivna Girão)

Mãe afirma que filho, um bebê de quatro meses, recebe vacina vencida em Posto de Saúde de Fortaleza-25.04.2012

Vacina aplicada no dia 9 de abril tinha validade até fevereiro, diz mãe. (Foto: TV Diário/Reprodução)
A mãe de um bebê de quatro meses afirma que o filho recebeu aplicação de vacina vencida em um posto de saúde de Fortaleza. A mulher, que prefere não se identificar, diz ter o documento com o lote e prazo de validade da vacina que terminou em fevereiro deste ano. A criança passa bem e não apresenta sintomas de doenças, de acordo com os médicos.
A vacina contra o rotavírus, segundo a mãe, foi aplicada no dia 9 de abril no posto de saúde municipal Guarany Mont’Alverne, no Bairro Bom Jardim, na periferia de Fortaleza. A mãe diz ter percebido a data vencida nesta terça-feira (24) e pediu uma nova medicação no posto de saúde.
A Secretaria de Saúde de Fortaleza informou que abriu sindicância para apurar se houve o erro. Se for comprovada a falha, de acordo com a Secretaria de Saúde, os profissionais envolvidos podem receber pena que varia de advertência a exoneração.

O G1 contatou, por telefone, o posto de saúde na noite desta terça-feira (24) e na manhã desta quarta-feira (25). Mas a direção da unidade não estava no local e os funcionários não souberam informar onde poderia ser encontrada.
A Secretaria da Saúde informou também que dará apoio à criança e à família, ressaltando que vacina vencida não cura, mas também não possui efeito colateral. A secretaria vai solicitar uma nova medicação, com certificação da data de validade no prazo adequado.
Fonte: Portal G1

Fortaleza – Situação da dengue já é de epidemia-27 de abril de 2012 às 6:09

http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/fortaleza-situacao-da-dengue-ja-e-de-epidemia/

“O boletim informativo sobre a dengue em Fortaleza, a ser divulgado hoje à tarde pelas autoridades do Estado e Município e que já está lançado no sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, deve admitir oficialmente que há um quadro de epidemia na Capital. E, de forma preocupante, que a presença do vírus Tipo 4 da doença – considerado mais grave porque ainda não havia se manifestado epidemicamente na cidade – agora está disseminado.
Deverá ser informado que já são exatos 7.055 casos da dengue na Capital em 2012, conforme O POVO apurou junto a uma fonte da Secretaria Municipal da Saúde. Outro dado, extra-oficial, é que há outros 4.200 registros, ou pouco mais que isso, que já tiveram confirmação laboratorial prévia, mas que não teriam sido lançados a tempo no mesmo relatório emitido ao Ministério.
Somados, os casos então passariam de 11 mil desde o início do ano. Será mais de três vezes e meia o que foi apresentado no último boletim, entre uma semana epidemiológica e outra. De janeiro até o último informe (dia 20 de abril), Fortaleza apontava o total de 3.033 casos de dengue – até então com 38 sendo hemorrágicos e 21 indo a óbito. O POVO não obteve dados de mortes do novo boletim.
Reuniões estratégicas
O quadro epidêmico foi tema de uma reunião, ontem pela manhã, entre os secretários da Saúde Arruda Bastos, do Estado, e Ana Maria Fontelene, do Município, com técnicos da área. Hoje, segundo confirmou o coordenador de Proteção e Promoção à Saúde, Manoel Fonsêca, haverá mais duas reuniões estratégicas. O encontro terá gestores do controle de endemias e da área assistencial, para definir como será o atendimento nos hospitais e postos de saúde e o encaminhamento dos pacientes.
Fonsêca não quis confirmar os números da doença obtidos pelo O POVO – “só posso prestar informações após o boletim divulgado, quem deve falar é o Município” -, mas chegou a dizer que há uma “nova situação” em Fortaleza.
“O número é muito grande, bem acima do esperado. Para nós é uma situação bastante preocupante”, admitiu o diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz. O HSJ é referência em atendimento epidemiológico. Segundo ele, funcionários do setor de coleta de sangue (para exames) têm rejeitado trabalhar hora extra, diante da alta demanda no expediente normal.
O POVO tentou contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde. Foram feitas diversas ligações, a partir das 18h até as 20h, mas os celulares disponíveis não foram atendidos.”
(O POVO)

 "The newsletter about dengue in Fortaleza, to be released this afternoon by state authorities and city and is already released in the monitoring system of the Ministry of Health, must admit officially that there is a picture of the epidemic in the capital. And, alarmingly, that the presence of the virus type 4 disease - considered more serious because it had not yet manifested itself epidemically in the city - is now widespread.
Should be informed that since 7055 are exact cases of dengue in the Capital in 2012 as the People found near a source of the Municipal Health Another, unofficial, is that there are other 4200 records, or little more than that, who have had previous laboratory confirmation, but that would not have been released at the same time report issued to the Ministry.
Together, the cases would then of 11 000 since the beginning of the year. It will be more than three and a half times what was presented in the last newsletter, between one week and one epidemiologic. From January to the last report (April 20), Fortaleza pointed out the total of 3,033 dengue cases - so far with 38 and 21 going to be bleeding to death. The People did not obtain data on deaths from the new newsletter.
Strategy meetings
The picture of the epidemic was the subject of a meeting yesterday morning between the Secretaries of Health Arruda Bastos, state, and Ana Maria Fontelene, the Municipality with the technical area. Today, the second confirmed the coordinator of the Health Protection and Promotion, Manoel Fonsêca, there will be two strategic meetings. The managers meeting will take control of endemic diseases and health services, to define how the service will be in hospitals and health centers and referral of patients.
Fonsêca would not confirm the numbers of disease obtained by PEOPLE - "I can only provide information after the news release, who should talk about is the City" - but went on to say that there is a "new situation" in Fortaleza.
"The number is very large, well above expectations. For us it is a very worrying situation, "said the director of the St. Joseph Hospital, Anastacio Queiroz. The HSJ is a reference in epidemiological service. He said industry officials blood collection (for examinations) have refused to work overtime, given the high demand in the normal business hours.
PEOPLE tried to contact the press office of the Municipal Department of Health have been several calls from 18h until 20h, but the phones available have not been met. "
(PEOPLE)


Fora de tempo: Após a inauguração, a publicidade-28 de abril de 2012 às 14:41



Depois de inaugurar a Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental (Emeif) Professora Maria José Macário Coelho, no Passaré, quatro anos após a sua construção, a Prefeitura de Fortaleza agora, segundo a oposição, gasta dinheiro em publicidade do ato realizado pela prefeita Luizianne Lins, 12 dias depois.
De acordo com o cronograma da Prefeitura, a escola deveria ter sido inaugurada em 24 de março de 2008, mas o prédio não havia ficado pronto. Logo em seguida chegou o período eleitoral e a prefeita ficou impossibilidade da inauguração, pois na época disputa a sua reeleição.
Quatro anos depois, alguém lembrou que a escola deveria ser inaugurada, com direito a publicidade

 http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/fora-de-tempo-apos-a-inauguracao-a-publicidade/

Coitados dos pedestres - 28.04.2012

http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/coitados-dos-pedestres/


Da coluna Política, no O POVO deste sábado (28), pelo jornalista Érico Firmo:
Se a qualidade das calçadas em Fortaleza é destaque, as condições para pedestres no Brasil afora estão mesmo a mais completa calamidade. Justiça se faça, onde o Transfor já passou, na Capital cearense, as condições melhoraram muito – embora mesmo ali ainda haja trechos péssimos.
Mas há mesmo calçadas muito boas, sobretudo na Bezerra de Menezes. A média, todavia, é lastimável