A reforma da praça Doutor Moreira de Sousa, no bairro Meireles, já ultrapassa sete meses de duração. A previsão inicial de término da obra era janeiro deste ano. Os
moradores da região reclamam do atraso na conclusão da obra e denunciam
que o local serve de refúgio para usuários de drogas e assaltantes. Até semana passada, parte da praça era isolada por tapumes, o que facilitava a ação de criminosos. Os tapumes foram retirados, mas, conforme alguns moradores, o problema da insegurança persiste e nenhuma atividade da obra está sendo executada.
Segundo Raquel Gomes, vendedora ambulante, o atraso na obra atrapalha tanto os moradores quanto os comerciantes da área.
Ela afirma que as pessoas têm medo de passar pelo local devido à
insegurança, diminuindo a quantidade de clientes. Já Nívea Rodrigues,
empregada doméstica, diz evitar transitar pela praça por medo de
assaltos. “Uma vez, vi dois garotos pulando para dentro dos tapumes”,
revela.
Para Guido Nepomuceno, mototaxista, o período de chuvas trouxe mais dificuldades para a conclusão da obra. Ele reclama que a data de previsão de término já foi modificada várias vezes. “Se a construtora não terminou, faz outra licitação”, sugere.
De acordo com a assessoria de comunicação da Comissão Fortaleza Bela,
responsável pela obra, o atraso foi devido, inicialmente, a desacordo
com a construtora, que colocou tipo de piso diferente do especificado no
contrato. Conforme a assessoria, o piso foi retirado e a construtora
reiniciou a obra. Já a nova paralisação ocorreu por causa da ocupação do
espaço por moradores de rua. A Prefeitura de Fortaleza articulou a
retirada dessas pessoas junto à Secretaria de Direitos Humanos (SDH).
Representantes do Centro de Referência Especializado para População
em Situação de Rua, conforme a assessoria, fizeram diversas visitas à
praça para oferecer aos ocupantes vaga no espaço de acolhimento noturno
da Prefeitura. No entanto, eles sempre recusavam as ofertas e não se
mostravam dispostos a voltar para a casa de suas famílias. Segundo a
assessoria, no último dia 22, os ocupantes foram retirados.
Conforme a assessoria, a obra será retomada após reunião entre o
secretário Humberto Júnior, da Secretaria Executiva Regional II, e a
construtora. Durante o encontro, será feito o realinhamento estrutural
da praça e a avaliação da situação atual da obra. A Comissão Fortaleza
Bela informou ainda que o novo prazo de entrega da obra é de julho deste
ano. Apesar do atraso, segundo a assessoria, o custo da obra será o
mesmo, R$ 92 mil reais.
Fonte: jornal O Povo (Reportagem Aline Moura)

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