Avenida Perimetral. Moradores do Pici aproveitaram a formação de um 'verdadeiro rio' para jogar redes de pesca e tentar pegar algum peixe que pudesse passar pelo local FOTO : RODRIGO CARVALHO
Salvamento. Mesmo com dificuldade de se locomover, menino tenta salvar um cachorro que ficou ilhado com o alagamento da Avenida Perimetral, no Pici, após chover muito na região FOTO: RODRIGO CARVALHO
As chuvas, que caíram durante todo o dia sobre Fortaleza, levaram transtornos aos moradores da Aldeota, Beira-Mar, Vila Velha, Barra do Ceará e Jardim Iracema. Em alguns locais, o grande volume de precipitação chegou a fazer com que a água invadisse casas e impedisse a passagem de veículos.
Tristeza era o único sentimento que a dona de casa Maria Barros de Alcantara conseguia expressar ao ver a sua residência invadida pela água na manhã de ontem. Ela mora, há 43 anos, ao lado do riacho Soares Moreno, na Avenida Coronel Carvalho, na Barra do Ceará. “Perdi a minha geladeira, móveis e também as roupas que estavam no armário. Me sinto muito triste, pois não posso fazer nada ao ver as minhas coisas indo embora”.
Ela contou que essa é a primeira vez que esse problema acontece em sua casa. “No fim do ano passado, foi construído um muro em um terreno próximo ao córrego, e ele faz com que a água não tenha para onde ir. Assim, ela entra na casa das pessoas”.
Medo
Já a técnica de segurança Lídia Ester demonstrava apenas medo, porque sua casa, onde mora há 32 anos, que também fica ao lado do Riacho Soares Moreno, estava apresentando rachaduras nas paredes. “Devido à essa grande chuva, as paredes da minha residência podem cair a qualquer momento. Já procurei as autoridades responsáveis, mas não obtive nenhuma resposta”, reclamou Ester. Sabendo da possibilidade de acontecer algum problema, a técnica de segurança passou a noite acordada. “Não sabia o que fazer”, conta.
Na continuação do Riacho Soares Moreno, na Rua Astrogildo Fontoura, no Bairro Jardim Iracema, a força da água criou uma grande correnteza que assustou quem mora próximo ao local. A água passava ao lado das residências, o que deixou todos em alerta durante a noite e o dia.
Na Avenida Coronel Carvalho, o trânsito estava bastante complicado. A fila de veículos se estendia por boa parte da via. Próximo ao Terminal Rodoviário Antônio Bezerra, o congestionamento tirou a paciência dos motoristas. Além dos ônibus, carros, motos e caminhões disputavam qualquer espaço para seguir viagem. Alguns veículos chegaram a subir a calçada para ir até o outro lado da pista e, assim, procurar alternativa para alcançar o destino.
A chuva deixou os moradores do edifício nº 1556, na Avenida Coronel Carvalho, ainda mais apreensivos. Isso porque, na madrugada do último domingo para segunda-feira, uma parte do prédio desabou. Com as fortes precipitações, o medo era de que outras partes do edifício caíssem também. Técnicos da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza (GMF) realizaram uma vistoria no local. No entanto, eles não encontraram perigo de novos desabamentos.
Trânsito
Os moradores da Aldeota também tiveram problemas por causa das chuvas. O trânsito nas principais ruas e avenidas do bairro ficou complicado devido à grande quantidade de água acumulada. Na Avenida Senador Virgilio Távora, os veículos passavam devagar para prevenir acidentes. Com isso, o trânsito era intenso em todos os momentos. No cruzamento da Avenida Beira-Mar com a Rua Tereza Hinko, o bueiro transbordou mais uma vez. Além de muita água, o mau cheiro tomou conta do local. A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) chegou a colocar cones e cavaletes próximos ao bueiro para que os veículos conseguissem passar sem problemas.
Além dos semáforos, os famosos alagamentos causaram transtornos em um ponto da Cidade bastante conhecido por motoristas em dias de chuva, a Avenida Alberto Craveiro. Na subida do viaduto que dá acesso à Avenida Raul Barbosa, em frente a um supermercado, motoristas foram obrigados a desviar de uma lagoa que se formou em plena via. A equipe do Diário do Nordeste vivenciou horas de congestionamento no local.
O carro da reportagem saiu na Avenida Dedé Brasil, sentido Aldeota, às 7h20 da manhã e passou pelo Estádio Castelão as 7h30. Em seguida, devido ao alagamento próximo ao viaduto, a velocidade foi reduzida para 10 Km/h em uma distância de cinco quilômetros. O percurso que, segundo o dispositivo Google Maps, é feito em 12 minutos, foi realizado em uma hora e 20 minutos. A equipe só conseguiu chegar ao viaduto, que leva à Raul Barbosa, às 8h50.
Depois, o itinerário foi seguir pela BR-116 que, apesar de não estar congestionada, era percorrida com cuidado pelos veículos, em virtude da intensa precipitação. Além disso, todos os postes da via estavam acesos, dando a impressão de fim de tarde. Até mesmo uma rua secundária, a Paulo Firmeza, localizada no bairro São João do Tauapé, estava completamente alagada.
Segundo a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), pelo menos outros cinco locais da Cidade apresentaram grandes alagamentos. São eles, Rua Tenente Moacir Matos, com Avenida João Pessoa; Avenida Barão de Studart, entre Bárbara de Alencar e Júlio Ventura; Rua Cel. Matos Dourado; Rua Gen. Lima e Silva; e Rua Costa Mendes, com Avenida João Pessoa. O órgão disse que em todos esses pontos havia agentes de trânsito orientando os motoristas.
Fonte: jornal Diário do Nordeste (Reportagem Karla Camila/Thiago Rocha)
Population live days of disorders in various parts of Fortaleza
The rains that fell throughout the day over Fortaleza, brought inconvenience to residents Aldeota, Beira-Mar, Old Town, Barra do Ceará and Jardim Iracema. In some places, the large amount of precipitation reached to get the water to invade homes and prevent the passage of vehicles.
Sadness was the only one feeling that the housewife Maria Barros Alcantara could express to see your home invaded by water yesterday morning. She lives, 43 years ago, beside the creek Soares Moreno, Coronel Oak Avenue, in Barra do Ceará. "I lost my refrigerator, furniture and also the clothes that were in the closet. I feel very sad because I can not do anything to see my stuff go away. "
She said this is the first time that this problem happens in your home. "At the end of last year, a wall was built on land near the stream, and it makes the water has no where to go. So she goes into people's homes. "
Fear
Have the technical security Lydia Esther showed only fear, because his home, where he has lived for 32 years, which is also beside the creek Soares Moreno, was showing cracks in the walls. "Due to the heavy rain, the walls of my house can fall at any time. I've tried the authorities but got no answer, "complained Esther. Knowing the possibility of a fault occurs, the safety technique spent the night awake. "I do not know what to do," he says.
In continuation of Smith Creek Moreno, Street Astrogildo Fontoura, in Jardim Iracema, the force of the water created a great flood that scared those who live nearby. The water passed beside the houses, leaving everyone on alert during the night and day.
In Colonel Oak Avenue, the traffic was quite complicated. The line of vehicles stretched for much of the route. Next to the Bus Terminal Antonio Bezerra, congestion got the patience of motorists. Apart from buses, cars, motorcycles and trucks vied for any space to move on. Some vehicles came up the sidewalk to go to the other side of the track and thus seek an alternative to reach the destination.
The rain left the residents of the building No. 1556, Avenue Colonel Carvalho, even more apprehensive. This is because in the early hours of last Sunday to Monday, a part of the building collapsed. With heavy rainfall, was the fear that other parts of the building fell as well. Technicians of the Guard and Civil Defense of Fortaleza (GMF) conducted an inspection on site. However, they found no danger of further landslides.
Transit
Residents of Aldeota also had problems because of the rains. The traffic on the main streets and avenues of the neighborhood was complicated by the large amount of water accumulated. In Senator Virgilio Tavora Avenue, vehicles passed slowly to prevent accidents. With this, the traffic was intense at all times. At the intersection of Avenida Beira-Mar with Hinko Teresa Street, the sewer overflowed again. Besides a lot of water, the smell filled the air. The Water and Sewage Company of Ceará (CAGECE) came to put cones and sawhorses next to the manhole so that the vehicles were able to go smoothly.
Besides the lights, the famous floods have caused disturbances in the City a point well known by drivers in the rain, Alberto Carnation Avenue. In the ascent of the overpass that leads to Raul Barbosa Avenue, in front of a supermarket, drivers were forced to deviate from a pond that has formed on plain track. The staff of the Journal of the Northeast experienced hours of congestion on site.
The car came out in the report Dede Avenue Brazil, meaning Aldeota at 7:20 a.m. in the morning and went through the stadium Castelão 7.30. Then, due to flooding near the viaduct, the speed was reduced to 10 km / h at a distance of five kilometers. The route that, according to Google Maps the device is done in 12 minutes, was carried out in an hour and 20 minutes. The team only managed to get to the overpass that leads to Raul Barbosa, at 8.50.
Then the route was followed by BR-116 that, although it is not congested, it was carefully covered by vehicles due to the intense rainfall. Moreover, all the poles pathway were lit, giving the impression of evening. Even a side street, Paul Firmness, located in the neighborhood of St. John Tauapé, was completely flooded.
According to the Municipal Transit Authority, Public Services and Citizenship (AMC) at least five other local City showed large floods. They are, Moacir Matos Street Lieutenant, with Joao Pessoa Avenue, Avenue Baron Studart between Bárbara de Alencar and Julio Ventura, Cel. Golden Matos, Gen. Street Lima e Silva, and Rua Costa Mendes, Joao Pessoa Avenue. The agency said that in all these points there was traffic agents directing motorists.
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