domingo, 22 de abril de 2012

Frotinha da Parangaba é denunciado por falta de estrutura e abandono - 03.04.2012


Dezenas de pacientes chegam a esperar mais de oito horas por uma consulta médica. A falta de materiais, como maca, infraestrutura regular e higienização duvidosa são os outros problemas apontados pelo Simec FOTO: FABIANE DE PAULA
Mais uma vez a saúde pública prestada em Fortaleza é colocada em xeque. Dessa vez, os problemas se concentram no Frotinha da Parangaba. Falta de profissionais, demora no atendimento, infraestrutura em condições duvidosas e sujeira foram relatados em um Boletim de Ocorrência (B.O.)aberto, ontem, pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes.
“O hospital está sucateado. Faltam macas e materiais e os pacientes ficam aguardando horas, ou até mesmo dias, em uma cadeira de plástico. Chega a faltar sabão para lavar as mãos”, informa José Maria Pontes.
O presidente do Simec afirma que, em um plantão de 12 horas, um único médico chega a atender 200 pacientes. “Além disso, tem a sujeira, que representa risco de infecção hospitalar”. O médico afirma ter fotos que comprovam as denúncias.

Aguardando atendimento no Frotinha por cerca de oito horas, a estudante Geissiani Sousa, 18 anos, era uma das dezenas de pessoas que persistiam por uma consulta médica. “Tem gente aqui que chegou de manhã e não almoçou”, conta.
Sobre a falta de profissionais, o diretor do Frotinha, Messias Simões, afirma que houve uma baixa de nove médicos em dois meses e que a demanda de 200 pacientes por dia é causada pela falta de assistência a pacientes na atenção básica. Para se ter um funcionamento mínimo, ele comenta que seria preciso 72 profissionais. Hoje, o hospital conta com oito médicos. Desde 2008, a unidade espera por reformas.
A respeito da deficiência de materiais, o diretor diz que já foram solicitados novos equipamentos. Sobre a higienização, Simões afirma não ter conhecimento. “Mas as possíveis deficiências serão apuradas”, diz.
O presidente do Simec informa que foi enviado ao Ministério Público documento com as denúncias. A promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Isabel Porto, ressalta que já foi instaurado procedimento, pedindo resposta da Prefeitura e da direção do hospital. Simões diz ainda não ter sido avisado.
Está marcada, para a próxima segunda, assembleia-geral com o Simec, médicos da unidade e o Conselho Regional de Medicina.
Fonte: jornal Diário do Nordeste (Reportagem Jéssica Petrucci)

 Again public health provided in Fortaleza is challenged. This time, the problems are concentrated in the Frotinha Parangaba. Lack of professionals, delay in treatment, unreliable infrastructure conditions and dirt were reported in a police report (BO) opened yesterday, the president of the Association of Physicians of Ceará (Simec), Jose Maria Pontes.
"The hospital is scrapped. Insufficient materials and stretchers and patients are waiting hours or even days, in a plastic chair. No more missing soap to wash your hands, "says Jose Maria Pontes.
The President of Simec said in a shift of 12 hours, a single doctor comes to serve 200 patients. "Moreover, it has dirt, which poses a risk of nosocomial infection." The doctor claims to have photos that prove the allegations.
Frotinha still waiting on for about eight hours, the student Geissiani Sousa, 18, was one of dozens of people who persisted for a medical consultation. "There are people here who arrived in the morning and not had lunch," he says.
On the lack of professionals, the director of Frotinha, Messiah Simoes said that there was a low of nine doctors in two months and that the demand of 200 patients per day is caused by lack of patient care in primary care. To have a minimum run, he said it would take 72 professionals. Today, the hospital has eight doctors. Since 2008, the unit waits for reforms.
Regarding the lack of materials, the director says he has been ordered new equipment. About hygiene, Simoes said they had no knowledge. "But the possible deficiencies will be cleared," he says.
The President of Simec reports that were sent to prosecutors document with the complaints. The promoter of justice for the Defense of Public Health, Port Elizabeth, says that since proceedings were brought, the City Council and requesting a reply of the hospital. Slater says it has not been warned.
Is scheduled for next Monday, the general meeting with Simec, medical unit and the Regional Council of Medicine.
Source: Diario do Nordeste (Reporting Jessica Petrucci

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